Queria gorduchinha? Entenda as razões da agência

Felipe Turlao
14 de agosto de 2012 - 8h02

 Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha. O jargão de Osmar Santos bem que poderia receber uma homenagem na Copa do Mundo de 2014. Não foram poucas as mensagens em redes sociais pedindo que a Adidas reconsiderasse e colocasse o nome “gorduchinha” entre as possibilidades de escolha do nome da bola da Copa.

Mas não tem jeito: Bossa Nova, Brazuca e Carnavalesca foram as escolhidas e apenas uma delas dará o nome à bola que rolará nos gramados brasileiros. A escolha será anunciada 2 de setembro.

A decisão, no entanto, tem muito mais elementos do que se imagina. A Lew´Lara\TBWA, agência responsável pela ideia que tem sido executada por ela e por um time de outras cinco agências, criou uma lista com mais de 1 mil nomes que foi reduzida para um shortlist com cerca de 50 alcunhas. Dentre elas, estão Tatu-Bola, Berimball. Bendita, Nossa Fé e Batucada. 

Elas foram, então, submetidas à direção global do anunciante que fez as escolhas. Os nomes originais homenageavam diversas referências culturais ao Brasil, incluindo expressões em tupi-guarani, animais e outros elementos da natureza.

O primeiro grande critério para elaboração dessa lista prévia era o fato de o nome não estar registrado por alguma pessoa. A agência até considerou “gorduchinha”, mas a expressão caiu por terra justamente nesse estágio, pois o nome já tem dono – não revelado, mas sabe-se que não se trata de Osmar Santos. “Nem consideramos os nomes já registrados. Imagina em que valores o dono iria negociar com uma empresa como a Adidas e que pretende dar o nome à bola oficial da Copa?”, afirma Márcio Oliveira, vice-presidente de operações da Lew´Lara\TBWA.

Oliveira lembra ainda o caso mais curioso de nome: Caramuri. Trata-se de uma fruta do Amazonas que só nasce de quatro em quatro anos, período em que ocorre a Copa. 

Segundo ele, a Adidas irá revelar resultados parciais da votação. A expectativa é de votos nas casas de “milhões” e há informações de que o site da Adidas responsável por receber os votos caiu por alguns minutos na tarde desta segunda-feira, 13.

O objetivo da empresa é que a bola faça o mesmo sucesso comercial e de marketing que a Jabulani, da Copa de 2010. Para ativar a iniciativa, a agência comandou ações de guerrilha na orla das praias do Rio de Janeiro e no Masp, em São Paulo. No jogo Fluminense x Palmeiras, realizado neste domingo, 12, as camisas dos dois times (patrocinados pela Adidas) exibiam os três nomes. Há ações ainda no Museu do Futebol, que expõe bolas das copas anteriores, e nas mídias sociais. A Globo é parceira de conteúdo da iniciativa e exibiu uma matéria sobre o tema no Esporte Espetacular de domingo e tem conteúdo específico no Globoesporte.com.

A próxima iniciativa é o lançamento de vídeos nos canais da Adidas nas redes sociais nos quais se explicam o porquê dos três nomes. Além da Lew´Lara, estão envolvidas no projeto a Edelman (Relações Públicas), Fri.to (mídias sociais), ID\TBWA (digital), Age (ações em ponto de venda) e Kmais (marketing promocional).

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