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Comunicação

Rakuten traz divisão de marketing ao Brasil

Gigante japonesa implementa empresa que é remunerada por vendas


16 de outubro de 2013 - 8h31

Presente no mercado brasileiro há dois anos no segmento de comércio eletrônico, a gigante de origem japonesa Rakuten acaba de expandir sua atuação no País,­ com a entrada no mercado de mídia digital, por meio da Rakuten Marketing. O principal diferencial apresentado pela empresa é a remuneração de seus serviços via custo por aquisição (CPA).
“Nós só cobramos de nossos clientes quando a venda é efetivada. Recebemos uma comissão sobre o valor da venda, assim como em uma loja física onde o vendedor recomenda algum produto e, por isso, recebe uma comissão”, explica Yaz Iida, CEO global da Rakuten Marketing, que está baseado no escritório de Nova York e esteve no Brasil no final do mês passado para marcar o início das operações no novo nicho. Segundo ele, os percentuais que determinam a remuneração da agência variam dependendo dos acordos com cada anunciante e também com os veículos incluídos nos planos de mídia online das campanhas.

Com presença nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão e Austrália, a Rakuten Marketing tem 600 funcionários em todo o mundo. No Brasil, o foco da atuação são as estratégias digitais capazes de aumentar as vendas dos anunciantes, o que inclui criação e compra de mídia, com remuneração baseada no custo por aquisição.

Entretanto, a maior divisão da Rakuten não é a que atua no mercado de agências, mas sim a que produz plataformas de ­e-commerce e mantém um shopping virtual com mais de 40 mil lojas que a faz liderar o ranking de varejo online no Japão — e lhe rendeu o apelido de “Amazon japonesa”. Nesta área, já atua no mercado nacional há dois anos, desde que comprou a empresa brasileira de e-commerce Ikeda. Com isso, Alessandro Gil, então sócio da Ikeda, assumiu o comando da Rakuten Brasil, que, além de seu próprio shopping virtual com 550 lojas, tem ­atualmente 15 clientes para os quais desenvolve plataformas de e-commerce, entre os quais Le Postiche e Airu (e-commerce de artesanato e moda).

Gil se mostra confiante na adesão de anunciantes ao sistema de custo por aquisição. Ele diz que a prática do custo por clique, uma das modalidades de remuneração mais usadas, tem encarecido a presença online de muitos anunciantes. “Temos uma grande oportunidade pela frente, pois os clientes estão procurando novos modelos. Recentemente, a ComScore­ lançou pesquisa que menciona que 85% dos cliques nos anúncios online são gerados apenas por 8% dos consumidores que efetuam as compras”, menciona.

Preocupada em aumentar a atratividade dos banners, a Rakuten inclui nas peças navegação em abas, scroll em produtos, vídeos, games, feed de redes sociais e formulários de contato. Tudo para gerar mais engajamento e efetivar vendas. “Nossa tecnologia permite que conheçamos o perfil do consumidor e saibamos o que ele gosta, com isso, conseguimos produzir anúncios mais efetivos para engajá-lo”, frisa Gil.

Yaz Iida acrescenta dados do mercado norte-americano para garantir que os clientes da Rakuten têm melhores resultados. “No último ano, o mercado de ­e-commerce cresceu 15% nos Estados Unidos. Entretanto, a média de crescimento dos nossos clientes foi de 41%.” Por lá, uma das principais contas atendidas pela agência é a do Walmart, que pode vir a se tornar cliente também no mercado brasileiro. “Temos a ambição de ser a empresa líder no segmento de marketing de engajamento para compras online no Brasil nos próximos três anos”, projeta Iida.  

wraps

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