Recém-lançada, Feito quer unir arte e GenAI ao audiovisual
"É um ótimo momento para ser criativo. O trabalho voltou a ficar divertido, pois andava meio sem graça", afirma o fundador e CEO Vinicius Malinoski
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Isabella Lessa
9 de abril de 2025 - 13h03
Juliana Frug, Gustavo Tissot, Ana Maitê Fröhlich, Vinicius Malinoski e Renato Galvão, time da Feito (Crédito: Divulgação)
Vinicius Malinoski, que nos últimos anos respondeu como CCO da Talent, recém-lançou a Feito, produtora que trabalha com ferramentas de inteligência artificial generativa (GenAI) proprietárias para otimizar e potencializar a produção audiovisual dos clientes.
Além do fundador e CEO, a empresa também conta com Ana Maitê Fröhlich e Gustavo Tissot, sócios da Polvo Content e da Supimpa; o fotógrafo de moda e diretor criativo Renato Galvão; e a fotógrafa e diretora de arte Juliana Frug.
O modelo de trabalho da feito promete reduzir em 20% o tempo de lançamento de projetos e campanhas, além de aumentar em 30% a quantidade de assets gerados com a mesma verba aplicada nas vias tradicionais. No momento, a empresa tem cinco projetos em andamento, que ainda não podem ser divulgados.
Nessa entrevista, Malinoski comenta a evolução da IA na indústria e fala sobre a proposta da Feito:
Meio & Mensagem — Como a indústria criativa está lidando com o avanço da IA? E as marcas, de maneira geral?
Vinicius Malinoski — Os dados mostram que, tirando o próprio setor de tecnologia e a pesquisa acadêmica, que são os primeiros lugares por motivos óbvios, o marketing tem sido o setor a adotar inteligência artificial generativa (GenAI) de forma mais rápida. O motivo também é óbvio: o ganho de velocidade com qualidade e redução de custos. Essa combinação é imbatível e todo mundo já percebeu. As marcas estão experimentando e se estruturando de uma forma muito mais acelerada do que foi a adoção do digital. Todo dia, se vê gigantes consagrados fazendo movimentos ousados. Coca-Cola já lançou uma campanha inteiramente em IA e Unilever está produzindo com IA para a globalização mais eficiente da comunicação de produtos.
M&M — Quais são as principais contribuições da GenAI para a criação de textos e imagens publicitárias?
Malinoski — Existem dois tipos de benefícios: os objetivos e os subjetivos. Os objetivos são velocidade, qualidade e custo. Só isso já é sensacional por si só. Não que seja pouco. Mas os benefícios subjetivos são mais ricos, por isso, vou me alongar neles. Mais tempo para criar é igual a ideias melhores. Mais facilidade de produção é igual a mais ideias feitas. Menos tempo de reuniões improdutivas é igual a clientes mais satisfeitos e trabalhos mais satisfatórios. E tem mais: vejo uma revolução criativa começando ainda maior do que foi a revolução digital. O que vamos criar de novas linguagens, estilos, plataformas, cultura etc, vai ser sem precedentes. É um ótimo momento para ser criativo. O trabalho voltou a ficar divertido, pois andava meio sem graça.
M&M — Como é possível atrelar a otimização de tempo que a IA oferece sem perder de vista a sofisticação, o craft das peças?
Malinoski — A resposta está na própria pergunta. O detalhe, o craft, a sofisticação vem do tempo dedicado a masterizar uma arte e refinar um trabalho. O tempo otimizado é investido no que importa: criar. Além disso, a própria IA é uma ferramenta que precisa de muito tempo dedicado para ser executada com primor. Trabalho com IA há dez anos, desde o Google. Por isso, a Feito tem a qualidade que tem.
M&M — Que tipo de entregas a produtora está mirando? São principalmente produções audiovisuais publicitárias?
Malinoski — A Feito é um bicho um pouco diferente. Gostamos de dizer que a Feito é três em um: produtora, estúdio criativo e tech. Então, primeiramente, fazemos produção de imagem e vídeo. Somos um time de fotógrafos e diretores de cenas que dominaram a arte da inteligência artificial generativa. Com o perdão do trocadilho, é através dessa lente que avaliamos a qualidade da IA. Também somos um time de criativos premiados e versados em conteúdo e digital capazes de colaborar com agências e marcas muito além da produção. Por fim, num futuro breve, vamos trazer também soluções tecnológicas para o mercado criativo, que, hoje, usamos da porta pra dentro. Quando estiverem mais maduras e com interfaces mais amigáveis, teremos produtos digitais.
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