Técnicos de produção reclamam dos prazos
Em carta aberta ABELE, ACASP, ASTIM e SINDCINE endossam iniciativa
Em carta aberta ABELE, ACASP, ASTIM e SINDCINE endossam iniciativa
Meio & Mensagem
7 de outubro de 2014 - 11h07
Técnicos de produção audiovisual por meio de suas organizações sindicais, enviaram uma carta aberta a anunciantes, agências e produtoras audiovisuais. A solicitação é de que os prazos de pagamento sejam cumpridos.
Os técnicos reclamam que a cadeia de produção do audiovisual encontra-se sobre forte pressão para faturar seus serviços, produtos e locações em 60, 90 e até mesmo 120 dias. E que muitas vezes o faturamento é feito no prazo e mesmo assim, os serviços desses profissionais não são quitados dentro dos acordos estabelecidos.
Veja a íntegra do documento:
Carta aberta aos anunciantes, agências e produtoras audiovisuais
”Mais uma vez a cadeia de produção do audiovisual encontra-se sobre forte pressão para faturar seus serviços, produtos e locações em 60, 90 e até mesmo 120 dias.
E mesmo quando o faturamento é feito a 30 dias temos observado que os atrasos são constantes, sem justificativa e sem correção, mesmo quando as faturas são quitadas muito depois do vencimento.
Essa pressão vem dos anunciantes, é transferida para as agências, destas para as produtoras e por fim aos profissionais, locadoras e prestadores de serviços, cujos principais custos – aluguéis, folha, encargos e impostos – vencem impreterivelmente em 30 dias.
Não temos com quem dividir a pressão que recebemos, estamos no final da linha. Não há razões logísticas, financeiras, operacionais ou de qualquer outra ordem para tal pressão: o único objetivo dos anunciantes é manter os recursos aplicados no mercado financeiro durante o prazo exigido dos fornecedores.
Para empresas locadoras e trabalhadores as consequências são desastrosas: problemas de fluxo de caixa, incentivo à inadimplência, tributação antecipada em relação às receitas correspondentes e outros ônus.
Esta prática, se disseminada, pode gerar um efeito-dominó capaz de contaminar todos os elos da cadeia produtiva e colocar nossa infraestrutura e inúmeros empregos em risco.
Desta forma, as associações abaixo assinadas recomendam aos seus associados manter a atual praxe de mercado: faturamento integral a 30 dias da data.
E aos anunciantes, agências e produtoras pedimos atenção e compreensão em relação ao exposto acima, inviabilizar seus fornecedores teria efeito muito ruim na qualidade e nos custos de suas produções.
Esta é uma condição básica para que nossa cadeia de produção audiovisual mantenha-se saudável: só assim o Brasil conseguirá continuar produzindo com volume e qualidade em nível internacional”.
São Paulo, Outubro de 2014.
ABELE – Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Equipamentos e Serviços Audiovisuais
ACASP – Assistentes de Câmera Associados de São Paulo
ASTIM – Associação dos Técnicos em Iluminação e Maquinaria
SINDCINE- Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
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