Velocidade é crucial na escalada de 38% da S4, diz Sorrell

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Velocidade é crucial na escalada de 38% da S4, diz Sorrell

Executivo atribui crescimento do grupo no primeiro trimestre à agilidade e à "santa trindade" de dados, conteúdo e programmatic


3 de maio de 2019 - 17h33

Do Advertising Age

Sorrell: “Dados não são inimigos da criatividade como alguns podem achar, tornam a criatividade mais eficaz” (Crédito: David Paul Morris/Bloomberg)

A S4 Capital reportou, nesta sexta-feira, 3, um sólido crescimento no primeiro trimestre de 2019. A receita da empresa fundada e comandada por Martin Sorell registrou alta de 38%, com um montante de US$ 53 milhões e lucro bruto de US$ 42,7, um aumento de 34%.

Na América do Norte, região que corresponde a 65% da receita da companhia, tanto as vendas quanto o lucro subiram 31% nos três primeiros meses do ano.

A MediaMonks, adquirida pela S4 em julho de 2018, representou dois terços dos lucros do grupo e teve alta de 27% na receita, 25% em lucro bruto e 20% em vendas em comparação com primeiro trimestre do ano anterior. A MightyHive, comprada em dezembro do ano passado, representou outro terço dos lucros da empresa e teve alta de 80% na receita e no lucro bruto, enquanto as vendas ano após ano cresceram 71%.

As ações da S4 Capital em Londres subiram quase 7% após o lançamento do relatório.

“A velocidade, em todos os sentidos da palavra, está se tornando um diferencial e uma vantagem competitiva cruciais e não tivemos de construir uma instituição para aprender isso. Apenas ouvimos”, disse Sorrell em comunicado, em uma clara alfinetada no WPP, que nesta semana lançou o Institute for Real Growth, feito para ajudar os CMOs a enfrentarem seus maiores desafios de negócio.

Na semana passada, o WPP reportou queda de 2,8% das vendas líquidas e 8,5% nos EUA.

O Ad Age conversou com Sorrell nesta sexta, 3, pela manhã, quando o executivo estava prestes a embarcar em um voo.

O budget dos clientes está indo para onde?
Para conteúdo digital e programmatic, guiados por dados first-party, Essas duas áreas são nosso foco.

Onde há mais oportunidade em dados first-party?
Para as empresas digitais e de tecnologia, provavelmente é mais fácil porque desenvolveram suas bases de dados organicamente e não por meio de aquisições ou passando de analógicas para digitais. Mas as empresas analógicas também estão tentando tornar seus dados compatíveis para que possam usar dados first-party para competir.

Você mencionou que uma das vantagens competitivas da S4 é velocidade. Pode explicar como você conseguiu alcançar isso?
Em um mundo que não para, que é always on, as campanhas são intrincadas. Você tem suas grandes ideias. Desenvolve essas grandes ideias com dados que tem à mão. Cria assets em escala, então adquire vários assets para posicionar, digital e programaticamente, e então produz mais dados que condicionam o conteúdo distribuído programaticamente. É um loop contínuo impulsionado pelos dados que refina e desenvolve a criatividade. Não são inimigos da criatividade como alguns podem achar, tornam a criatividade mais eficaz. É um refinamento contínuo conteúdo de curto-prazo, de formato longo e adaptável ao formato. Não é feito para comerciais de TV, mas desenvolvido especificamente para novas plataformas.

Quais são as áreas nas quais a S4 está planejando investir ou entrar?
Queremos continuar desenvolvendo nossa plataforma de conteúdo. E, se tivermos a oportunidade, queremos desenvolver dados first-party que não dependam de tecnologias existentes ou que possam ser deslocadas ou inundadas por elas, e sim complementadas pelas tecnologias. Isso não é fácil de se encontrar. É caro. Mas é nisso que focamos, essas três áreas, que podemos chamar de santa trindade: dados first-party, conteúdo digital e programmatic.

Quais são os maiores desafios dos seus clientes e como estão prevendo o segundo trimestre?
É a falta de velocidade, particularmente entre as empresas menores, que estão tentando entrar nas áreas digitais. O problema central é ser responsivo e ter velocidade. O segundo problema é o uso da tecnologia do modo mais avançado possível, para que o melhor possa vir. Mais barato talvez não seja a palavra certa. É, certamente, mais eficiência. Esse mantra de mais rápido, melhor e mais barato é o foco real. Somos puramente digitais. Não estou interessado no tradicional. Estamos interessados onde o crescimento está. A indústria tem cerca de um trilhão dos dólares, dos quais cerca de US$ 500 bilhões são colocados em mídia nova e velha, a velha mídia vale aproximadamente US$ 300 bilhões e a nova mídia, US$ 200 bilhões. A digital está crescendo por volta de 20%. A tradicional está estagnada ou arrefecendo. A indústria está crescendo cerca de 3 a 4%. A razão de o nosso crescimento ser mais forte é que eles focam as áreas digitais. Abrimos nosso primeiro escritório que abriga MediaMonks e MightyHive e faremos o mesmo em outros escritórios ao redor do mundo.

Quando o digital irá finalmente dominar a mídia tradicional?
Já dominou, depende de como você define mídia tradicional. Se você encará-la como TV ou jornal, já dominou. Acho que a previsão é de a de que, em 2022, o digital estará acima de 50%. Agora está em 40%.

Como você planeja continuar esse momento de crescimento para continuar superando a concorrência?
Não é um amendoim. É um coco. Estamos no começo. Devemos superá-los por nossa escala, mas a razão que estamos superando o mercado é porque estamos focados onde o crescimento está.

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