Comunicação
Você trabalha pela comissão ou de graça?
Precisamos colocar uma etiqueta de preço na nossa expertise
Precisamos colocar uma etiqueta de preço na nossa expertise
Meio & Mensagem
27 de setembro de 2012 - 12h32
Por Marc Brownstein*, para o Advertising Age
É só comigo que tem acontecido ou existe uma tendência crescente na busca por ideias gratuitas de nós, da indústria da comunicação? Não estou me referindo às concorrências especulativas; estou falando sobre a frase que escuto cada vez mais: “Gostaria de usar seu cérebro”. Estou certo? Você tem ouvido o mesmo pedido?
Seja qual for o motivo, no meu mundo, existem mais sugadores de cérebro do que nunca. Meu assistente até possui um código para isso quando pessoas ligam e pedem para me encontrar para um café a fim de examinar algo. “Outro ‘sugador de cérebro’, Marc. Quer atender a ligação?” Então, quem são essas pessoas, o que realmente querem? Como podemos fazê-las pagar pelo trabalho que prestamos?
‘Sugadores de cérebro’ vêm em todas as formas e tamanhos. São parentes. Amigos de parentes. Amigos próximos. Amigos de amigos. Parentes de clientes. Amigos de clientes. Veteranos da indústria. E novatos da indústria. Alguns desejam apenas uma hora de seu tempo. Outros apenas uma breve ligação.
Para ser justo, tenho empatia por vários desses tipos – especialmente os mais novos, recém-chegados ao negócio. E os veteranos que enfrentaram tempos difíceis e estão em transição. Sempre ajudarei um parente próximo ou amigo. E se você foi indicado por um cliente meu certamente terá minha atenção. Acho que isso não deixa muitos ‘sugadores de cérebro’ isentos. Quero ajudar o próximo; minha luta é com o tempo (não tenho muito para gastar) e com a justiça do pedido.
O que é justo em um contato:
– Conselho para a carreira
– Networking
– Validação de uma ideia
– Dar uma referência
O que não é razoável:
– Buscar conselho estratégico ou criativo para ajudar na resolução de um problema de marketing
– Pedir uma opinião para um novo nome de produto ou empresa – e então começar a sugerir nomes que talvez me venham à mente (como se eles surgissem para mim em um passe de mágica)
– Marcar uma reunião sob o pretexto de fazer networking, e então perguntar por alguma ideia de marketing para o novo negócio que está iniciando
– Pedir trabalho de graça sendo que mal te conheço. Só porque você trabalha para uma companhia sem fins lucrativos não significa que está autorizado.
O que fazemos na nossa indústria é muito difícil – especialmente quando realizado bem. Gostaria que mais leigos soubessem o quão valioso e raro é possuir habilidade para surgir com ideias brilhantes e conceituais para impulsionar o termômetro vendas/reputação na direção correta. Não peço ideias de graça a meu advogado. Não peço a meu contador que faça meus impostos a troco de nada. Nunca pediria a meu médico para me tratar sem nenhuma taxa. Então por que o surto recente em pedidos por conselhos de branding gratuitos? Talvez seja a economia. Ou mais pessoas descaradas.
A expertise que acumulei através dos anos é valiosa. Então, vou agendar um novo horário de comissão. A próxima vez que alguém quiser me encontrar no Starbucks para sugar meu cérebro, direi à pessoa quanto vale minha hora; fico feliz em pagar meu próprio café.
* Marc Browstein é presidente e CEO do Grupo Brownstein, com sede na Filadélfia.
Tradução: Isabella Lessa
Compartilhe
Veja também
Unicef traz Ratinho do Castelo Rá-Tim-Bum para alertar sobre escassez de água
Ação recria cena do personagem tomando banho e incentiva público a realizar doações para ações de água, saneamento e higiene da entidade
AlmapBBDO conquista a conta da Yamaha Motor
Agência assume estratégias, criação e execução para mídias online e off-line da marca no País