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Comunicação

WPP prevê crescimento mais lento em 2017

Receita da holding em 2016 atingiu US$ 19,4 bilhões


3 de março de 2017 - 16h45

Por Emma Hall
Do Advertising Age

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Martin Sorrell, CEO do WPP (Crédito: Divulgação)

De acordo com relatório financeiro divulgado pelo WPP, a holding encerrou o ano de 2016 com um aumento de 3% na receita. Sem considerar as aquisições realizadas pela companhia, a receita total corresponde a US$ 19,4 bilhões. Os lucros antes de impostos somaram US$ 1,8 bilhões.

No quarto semestre, porém, os lucros entraram de forma mais lenta, resultando em um avanço de 0,5%. No mesmo período, as concorrentes Omnicom e Interpublic cresceram 3,6% e 5,3%, respectivamente.

De acordo com o presidente, 2017 teve início mais lento em relação ao mesmo mês no ano anterior, com receitas em 1,5%.

Durante apresentação em Londres na sexta-feira, 3, o CEO Martin Sorrell disse que “market share por market share” não é o foco do WPP, referindo-se à conta da Volkswagen, que passou da Mediacom, agência da holding, para o Omnicom em junho passado. “Em pitches de mídia você pode adotar duas estratégias distintas. Você pode dizer ‘isso é o que pensamos que podemos fazer’ ou prometer algo que não consegue fazer, mas o cliente não vai ser capaz de descobrir o que vai acontecer. Ou pode dizer que não pode participar, como fizemos no caso da Volskwagen, em um leilão online”, declarou. A questão do leilão online, explicou ele, é que os participantes não sabiam qual era o preço da moeda. “Então você está participando às cegas. O WPP fez isso por 19 anos, tem sido auditada todos os anos e tem sido informada de que estamos precificando da forma correta – nesse caso, o leilão online está perguntando o que você está preparado para descontar”.

Sorrell também falou sobre linhas estendidas de crédito. “Há clientes que pedem 180, 120, 90 dias de crédito. Historicamente, a norma é de 45 dias. Sabemos que um cliente da Aegis, na Espanha, recebeu dois anos de crédito. Não somos um banco. Não somos uma companhia de seguros e não achamos certo que os clientes escolham agências com base em suas habilidades como bancos e seguradoras”.

Em relação ao crescimento expressivo do Interpublic, Sorrell reforçou que seu grupo foca em vendas líquidas, e não em receita. “Não temos a tendência de pegar negócios sem perspectiva de lucro mesmo que nos ofereçam volumes muito grandes. Isso nos leva de novo à pergunta sobre qual é a métrica na qual devemos nos concentrar como analistas – receita ou vendas líquidas? E você sabe qual é a nossa resposta”. De acordo com o presidente, 2017 começou lento, com as receitas em 1,5% em relação ao mesmo mês no ano anterior.

O presidente também falou que é preciso levar a sério a concorrência de consultorias como Accenture e Deloitte. “A Accenture quer construir a maior consultoria de internet do mundo. Essa é uma empresa muito substancial. E a Deloitte é nossa auditoria, a quem pagamos US$ 30 milhões por ano e está competindo com a gente. A McKinsey também, mas trabalhamos juntos. Não acho que a ameaça é tão grave quanto comentam, mas está aí”.

Sobre Trump, Sorrell declarou que está claro que a administração do presidente norte-americano é mais favorável aos negócios e pró-crescimento do que o governo de Obama. “Independentemente do que se pense sobre outros aspectos. O importante é saber se a implementação dessas políticas será eficaz”, opinou.

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