M&C Saatchi compra 25% da Santa Clara

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M&C Saatchi compra 25% da Santa Clara

Sócios locais Fernando Campos, Ulisses Zamboni e Jaime Greene mantêm participações no negócio que variam de 5% a 35%


26 de fevereiro de 2015 - 6h18

 A Santa Clara negociou 25% de suas ações com a M&C Saatchi e passa a fazer parte da rede de origem britânica que tem, agora, presença em 24 cidades do mundo. O valor pago seria superior a £ 10 milhões, ou algo próximo a R$ 50 milhões, considerando-se a atual cotação da libra.

Os sócios-executivos Fernando Campos e Ulisses Zamboni mantêm 35% das ações cada um e o sócio consultor Jaime Greene outros 5%. Além de Campos e Zamboni, um terceiro executivo do alto escalão da agência é o COO Rodrigo Toledo. A Santa Clara mantém seu nome e indepedência de gestão.

O acordo com a M&C pode evoluir, no futuro, para uma participação majoritária do grupo estrangeiro. A rede é presidida pelo britânico Moray MacLennan que, há algum tempo, procurava uma agência brasileira para adicionar à rede, que está em processo de expansão. Em janeiro, por exemplo, comprou a israelense Ben-Natan Golan para criar a M&C Saatchi Tel Aviv.

Sem olhar para trás

O detalhe curioso da negociação é que ela une dois lados que tiveram casamentos que não deram certo.

A M&C Saatchi fundou um escritório no Brasil em 2009 e, dois anos depois, promoveu uma fusão com a FabraQuinteiro, criando a M&C Saatchi F&Q. Em agosto do ano passado, os sócios locais Paschoal Fabra Neto e Fernando Quinteiro reassumiram a gestão da empresa, até então, a cargo de Geoffrey-Hamilton-Jones. A M&C ainda detém pequena participação na atual F&Q Brasil, mas para todos os efeitos, a agência da rede no País passa a ser a Santa Clara.

Já esta teve um acordo operacional com a rede Nitro entre 2008 e 2010, que não trouxe os resultados de negócios esperados pelos brasileiros. A Nitro foi, posteriormente, adquirida pela atual SapientNitro.

Para a M&C Saatchi, São Paulo era um mercado fundamental para estabelecer uma posição sólida, assim como em Nova York, Londres e Xangai, outras cidades prioritárias. Já a Santa Clara terá acesso a expertises internacionais, por exemplo, em digital e tecnologia. “No começo de 2014, avaliamos que, após alguns anos de crescimentos na faixa de 20%, precisávamos dar um novo passo e ter acesso ao mundo”, afirma Zamboni.

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