WPP nega valores a Sorrell por vazamento de informações

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WPP nega valores a Sorrell por vazamento de informações

Chairman da S4 Capital classificou decisão como mesquinha e invejosa. Holding também precisa lidar com falta de diversidade em sua força de trabalho


30 de abril de 2021 - 10h09

Martin Sorrell, atual chairman da S4 Capital e ex-CEO do WPP (Crédito: David Paul Morris/Bloomberg)

Com informações do AdAge

Martin Sorrell, atual chairman da S4 Capital, lançou um ataque furioso a sua antiga empresa, o WPP, depois de a companhia negar ao executivo pelo menos US$ 279 mil em prêmios de ações, alegando que ele vazou informações confidenciais para jornalistas. O ex-CEO da WPP apontou a decisão como invejosa e mesquinha.

“Deixei para os meus advogados lidarem com isso”, disse Sorrell em uma troca de e-mails. “Essa pequena mudança, três anos depois que eu saí, com relação a um número relativamente pequeno de ações e com a performance ruim dos preços das ações do WPP. Não faz sentido”, afirmou o executivo.

O valor está sendo negado ao chairman da S4 Capital devido à “divulgação de informações confidenciais pertencentes ao WPP e alguns de seus clientes à mídia durante sua gestão como diretor do grupo”, de acordo com o relatório anual da holding.

Sorrell deveria receber o valor como parte dos prêmios do plano de ações por desempenho executivo de 2016. Segundo um porta-voz do WPP, mais quantias serão distribuídas no próximo ano, quando o plano de 2017 for aprovado. O relatório não descreveu os vazamentos e o porta-voz se recusou a fornecer detalhes ou comentar o caso ao AdAge.

Em abril de 2018, o WPP confirmou que estava investigando Sorrell, em resposta a alegações de “má conduta pessoal”. Uma reportagem do Wall Street Journal revelou que o conselho da WPP estava investigando se Sorrell havia feito mau uso dos ativos da empresa e investigando acusações de comportamento pessoal impróprio por parte do executivo. Sorrell negou as alegações e criticou publicamente “vazamentos” para a imprensa sobre a investigação.

Mas esse não é o único problema com que o WPP está tendo que lidar nos últimos dias. Também na quinta-feira, 29, a holding divulgou seu primeiro relatório sobre diversidade na força de trabalho que apontou uma sub-representação generalizada que se torna cada vez mais acentuada na alta administração.

O WPP permanece predominantemente branco, com esse grupo representando 68,9% de sua força de trabalho total em 2020. Os asiáticos constituem o segundo maior grupo, com 12%, seguidos por funcionários hispânicos ou latinos representando 9,9% e funcionários negros ou afro-americanos representando apenas 6,5%.

As diferenças na diversidade tornam-se mais gritantes no nível de “gestão”, de acordo com o relatório. Em 2020, o WPP relatou que 80,9% dos gerentes de nível sênior / executivo eram brancos, com os asiáticos com apenas 6,9% e hispânicos ou latinos com 6,4%. Os funcionários negros ou afro-americanos foram os menos representados, respondendo por apenas 3,9% da força de trabalho nesse nível.

*Crédito da foto no topo: Reprodução

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