Natura, Ypê, Nestlé, Ambev e Itaú: as mais associadas ao ESG

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Natura, Ypê, Nestlé, Ambev e Itaú: as mais associadas ao ESG

Estudo inédito da Walk The Talk, by La Maison, aponta as marcas relacionadas às práticas de ESG na percepção dos brasileiros


3 de dezembro de 2021 - 7h15

(crédito: SWKStock/shutterstock)

Com o intuito de buscar oportunidades para as marcas realmente conseguirem trabalhar a agenda ESG (sigla em inglês que engloba os pilares de sustentabilidade, ações sociais e governança) e deixarem uma pegada sustentável no mundo, a consultoria Walk The Talk, by La Maison, braço da La Maison Atelier, apresenta a primeira edição do Índice GPS – Global Positioning On Sustainability, que avalia a percepção dos brasileiros a respeito do tema.

A Natura é a marca mais associada pelos consumidores brasileiros aos princípios da agenda ESG, seguida por Ypê, Nestlé, Ambev e Itaú, indica o estudo. “Hoje, para ter um impacto no mundo, as marcas têm que ter um foco na sociedade, porque os consumidores brasileiros buscam marcas que sejam agentes de mudança”, afirma a sócia-fundadora da consultoria, Juliana Simão, revelando que a pesquisa será contínua, realizada duas vezes ao ano.

A pesquisa entrevistou 2.243 pessoas, de 16 a 64 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões brasileiras, no período de setembro a outubro de 2021, para avaliar a percepção dos consumidores sobre 22 temas, divididos em três dimensões: ambiental, político-econômico e social. Para os brasileiros, os temas mais preocupantes na pauta ESG são: desemprego (65%), falta de acesso à saúde (64%); pobreza (60%); e desmatamento (58%).

“Percebemos que, em termos de consciência e ESG, o Brasil ainda está num momento muito básico de preocupação, porque vemos que todas as questões que são consideradas mais importantes têm a ver com a sua sobrevivência, com o seu dia a dia”, comenta Juliana. Andrea Marino, sócia-fundador da Walk The Talk, reforça que essa é uma grande diferença entre os países mais desenvolvidos e menos desenvolvidos. “Em geral, quando vemos países menos desenvolvidos, e o Brasil está dentro dessa lista, começa sempre com temas que são muito mais sociais, ou seja, o desemprego e a pobreza lideram como as maiores problemáticas. Se vemos países mais desenvolvidos, começa muito mais por temas ecológicos; depois vem a discriminação ou diversidade. Ou seja, muda um pouco a importância das temáticas”, explica.

Expectativa sobre as marcas
O que mais surpreendeu a equipe da consultoria nos resultados do estudo foi que os brasileiros esperam que as marcas ajam mais em relação às ações ESG, visto que 94% dos entrevistados acreditam que as empresas devem fazer alguma coisa a respeito do assunto. “Mas 31% dos brasileiros disseram que não existem empresas ativistas no Brasil hoje, ou seja, que acham que elas deveriam ser mais ativistas”, diz Juliana. Além disso, a pesquisa mostra que 47% dos brasileiros acreditam que as marcas têm o poder de mudar seus produtos e condutas e contribuir positivamente contra os problemas globais.

Outro ponto que chamou a atenção da consultoria é que o grupo de pessoas com idades de 55 a 64 anos é o mais preocupado, em média, com todos os problemas dessa agenda e são os que mais agem, no dia a dia, para tentar mitigar ou diminuir esses problemas. “Acreditamos que, por um lado, existe um problema econômico, que faz com que o consumidor brasileiro esteja preocupado em gastar menos energia, desperdiçar menos água, reciclagem, mas também porque eles querem dar o exemplo e deixar o mundo melhor para os seus netos”, ressalta Juliana. O estudo revela, ainda, que das dez ações mais esperadas das empresas, sete são referentes a problemas ambientais.

Para realizar essa primeira edição do Índice GPS, a Walk The Talk considerou dez categorias de empresas ou 24 empresas/marcas que são representativas de suas categorias. Em cada segmento, a consultoria colocou pelo menos uma marca a mais para comparação e, segundo Juliana, o objetivo é aumentar o escopo nas próximas ondas. Além disso, foram realizadas análises estatísticas, com critérios de avaliação em pontos, de zero a mil, divididos em cinco grupos: baixo (até 200 pontos); regular (de 201 a 250); médio (de 251 a 300); alto (de 301 a 600); e muito alto (acima de 600 pontos). Nenhuma empresa atingiu a cotação máxima.

Segundo a sócia, o grupo alto é composto por empresas que pontuam em pelo menos duas das três dimensões analisadas: ambiental, social ou político-econômico. “Outra coisa que vemos nessas empresas é que elas não só ditam tendências nas suas categorias, mas realmente têm ambição de serem agentes de mudança”, comenta.

O grupo médio contém empresas que têm uma forte conexão emocional com o brasileiro, que são líderes de sua categoria, mas que quando o tema é ESG, comunicam um único tema e acabam sendo reconhecidas como donas dessa temática. “São marcas que têm um propósito, não são simplesmente atividades isoladas, mas que têm um propósito muito relacionado com o benefício da categoria ou do seu produto”, afirma Juliana. O grupo regular é composto por empresas vistas como corretas e responsáveis, mas que estão na média em tudo. Por fim, o grupo baixo são as marcas que, para os brasileiros, não trazem uma percepção de impacto positivo.

**Crédito da imagem no topo: SWKStock/shutterstock

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