Sintonia de dados: KondZilla e sua nova fase no audiovisual

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Sintonia de dados: KondZilla e sua nova fase no audiovisual

Com estreia de série na Netflix, produtora reforça olhar para tecnologia e tendências na realização de conteúdo


9 de agosto de 2019 - 6h00

Mc Jottapê em cena com Leilah Moreno, na série Sintonia (Crédito: Reprodução)

Konrad Dantas, diretor e fundador da produtora KondZilla, estreou em um novo segmento nesta sexta-feira, 9. Com três anos de duração, entre aprovação e execução, a série Sintonia, que conta a história de três personagens em um enredo que mistura fé, consumo, ostentação e drama, Konrad estreia no audiovisual e no streaming em uma produção comandada pela Losbragas. O que também marca uma nova fase da KondZilla, produtora criada em 2012.

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Criando no rolê

Se por muito tempo o YouTube determinou a estratégia da KondZilla sendo uma das principais fontes de audiência – é o quarto maior canal da plataforma no mundo com quase 51 milhões de inscritos — hoje ela vem se estruturando como um ecossistema e tomando um caminho de profissionalização que segundo Konrad, é “necessária e vital para que os negócios ganhem escala”. Ele reforça a importância dos dados para o futuro do entretenimento e a necessidade por investimento em tecnologia. “Ser cientista de dados é a profissão do futuro. E no entretenimento, ler um algoritmo, antecipar tendências, ver o que está rolando e entregar esse tipo de conteúdo é fundamental”, afirma.

Meio & Mensagem – Como foi a experiência com Sintonia e quais seus planos para o audiovisual?
Konrad Dantas – Percebi que existe um boom de oportunidades no mercado de VODs. Netflix, Amazon, Globoplay. Está superaquecido, tem muitos projetos rolando, muita gente com ideia, mas pouca gente que, de fato, colocou esses projetos no papel. Acho que é um momento importante e também uma alternativa interessante principalmente considerando que o governo atual começa a sinalizar que vai deixar de investir no audiovisual.

 

“Percebi que existe um boom de oportunidades no mercado de VODs.” (Crédito: Denise Tadei)

Em que momento você enxergou a necessidade de se aproximar de marcas de forma efetiva?
Isso surgiu de quando lançamos um videoclipe com o MC Rodolfinho, o Vida Loka, e a Johnnie Walker mandou tirar do ar por que aparecia o produto. Não queriam associar a marca com o target que nós atingíamos. Eu pensei, não é possível, isso não faz sentido, se fosse em outro território qualquer marca ia querer aparecer. E dai surgiu um trabalho em e aproximar das marcas. Além disso, em determinado momento, fica inviável pagar uma produção artística de qualidade. As marcas têm recurso, elas podem apoiar aquele projeto. Isso é bom para o artista, que consegue recurso para o orçamento, e isso eleva o nível de qualidade. Outro ponto importante para a aproximação com as marcas é a mídia. A marca tem recurso para investir em mídia, seja digital ou tradicional. No comercial para a LG, o Kevinho aparecia toda hora na TV. Quanto custa uma inserção? Eu não tenho 20 milhões para inserção na Globo, mas a marca tem. Neste momento, por exemplo, a KondZilla está em todos os metrôs de São Paulo com a estreia de Sintonia, eu jamais teria recurso para isso.

“Existe um investimento em tecnologia que considero fundamental e que vai nos nortear. Ser cientista de dados é a profissão do futuro.”

Qual o desafio de manter o crescimento orgânico e a inovação em formatos?
Eu estava angustiado para acelerar os processos da KondZilla. Conforme você cresce vai ganhando processos, aumentando as pessoas. Depois, conversando com um executivo de comunicação, entendi que nem sempre é bom acelerar. Mas voltando a essência dessa angústia, estou reformulando meu processo dentro da companhia porque ela acaba ficando grande, pesada e mais lenta. Era uma ansiedade em acelerar os processos. Quando eu comecei, tinha 21 anos, hoje um garoto de 15 anos com uma câmera e um software pirata pode fazer um conteúdo tão bom quanto o meu e é com ele que eu concorro.

A média dos funcionários da KondZilla é jovem, como mantê-los motivados?
É um desafio deixar a galera apaixonada. Muitos são apaixonados, outros fazem algo porque foram condicionadas, ainda não sabem o que querem. Mas é importante essa motivação, até porque não é só em relação a perder um bom profissional para uma outra empresa, mas hoje, um colaborador meu pode fazer algo muito legal no Instagram e ganhar mais dinheiro do que ele ganha como meu funcionário.

“E no entretenimento, ler um algoritmo, antecipar tendências, ver o que está rolando e entregar esse tipo de conteúdo é fundamental.”

Muitos youtubers acabaram ficando reféns da plataforma, qual a importância de criar algo cuja dependência do YouTube seja cada vez menor?
Eu demorei um pouco para entender isso. Me cobro pensando que poderia ter me dado conta disso antes. No caso da KondZilla, esse ecossistema foi pensado com o único proposito de promover a marca. A ideia nunca foi ganhar dinheiro, era promover a marca e isso traria retorno financeiro.

 

A série foi criada e dirigida pelo Kond, porém produzida pela Losbragas. (Crédito: Rita Moraes)

O que você buscou ao reestruturar a KondZilla trazendo o Fabio Trevisan para assumir a liderança?
A ideia de trazer o Fabio era que ele pudesse fazer as coisas aos quais não me dediquei. Eu tive que me tornar empresário, mas estou aprendendo agora, balanço, business plan. Até aqui tudo foi na intuição, feeling, agora precisa ser baseado em dados, em algo concreto. Existe um investimento em tecnologia que considero fundamental e que vai nos nortear. Ser cientista de dados é a profissão do futuro. E no entretenimento, ler um algoritmo, antecipar tendências, ver o que está rolando e entregar esse tipo de conteúdo é fundamental.

*Crédito da imagem ao topo: Divulgação Netflix

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