Busca do Google integra IA para entender linguagem

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Busca do Google integra IA para entender linguagem

Novo sistema de inteligência artificial foi desenvolvido para analisar frases longas e complicadas


28 de outubro de 2019 - 14h28

    Crédito: Bongkan Thankynakij/ iStock

O Google está inserindo uma nova tecnologia em seu sistema de busca para interpretar melhor as bilhões de consultas que processa todo dia, uma mudança que os executivos dizem ser uma das mais importantes da história da companhia.

Essa mudança, anunciada nesta sexta-feira, 25, muda a engenharia da maior plataforma de buscas de divulgar resultados baseados em palavras-chave para “algo mais próximo da linguagem”, de acordo com Ben Gomes, chefe de pesquisa da empresa da Alphabet. “Estamos bem longe de resolver totalmente o problema, mas esse é um grande passo à frente”, disse ele em entrevista coletiva.

O Google não tem concorrentes. Mas melhorias sem sua tecnologia de busca principal são importantes para manter uma vantagem em áreas adjacentes, principalmente na computação de voz, na qual a companhia compete com a Amazon. O novo sistema conta com uma ferramenta de inteligência artificial do Google desenvolvida para analisar frases longas e complicadas, em vez de apenas sequências de palavras. Os executivos da companhia disseram que, na fase de testes, o sistema produziu resultados bem mais precisos.

Quaisquer ajustes no sistema de pesquisas do Google têm efeito cascata na indústria que depende dela para seu tráfego. Porém, hoje a companhia mostra mais resultados de seus serviços para algumas consultas, como informações de voos ou extração de blocos de textos de sites para o que chama de “trechos em destaque”. Os concorrentes da companhia têm reclamado discretamente para os reguladores que as ações do Google são anticompetitivas.

Os executivos do Google afirmaram que o novo sistema produziu mais trechos em destaque nos resultados fora dos Estados Unidos. Eles insistem que o Google não está puxando o tapete dos concorrentes, mas que as melhorias nos resultados de busca direcionam mais pesquisas e tráfego geral na web.

“Se uma pessoa é capaz de ter mais dúvidas respondidas, ela faz mais perguntas”, comentou Gomes. “E isso resulta em mais tráfego para o ecossistema em geral”. Ele não compartilhou dados sobre essas tendências. O novo sistema será aplicado primeiro nos Estados Unidos e depois se expandirá. O Google afirmou que ele não afetará imediatamente os anúncios de busca.

*Notícias Bloomberg

**Tradução: Amanda Schnaider

**Crédito da imagem no topo: PhotoMixLtd/Pexels

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