Com 10 anos de Brasil, Netflix promete mais conteúdo nacional

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Com 10 anos de Brasil, Netflix promete mais conteúdo nacional

Em uma década de Brasil, streaming evoluiu no catálogo, na expansão de frentes de negócio e na publicidade


23 de setembro de 2021 - 7h00

Uma década se passou desde que a Netflix chegou ao Brasil. Um dos primeiros subscription-based video on demand
(SVOD) no País, o player se tornou o maior expoente dos streamings que passaram a dominar o consumo de conteúdo. Para continuar cortejando a audiência local, a empresa trabalha com novos investimentos em conteúdo original nacional e eventos, como a primeira edição do festival Tudum, marcado para o sábado, 25.

 

Maisa, uma das protagonistas de Pai em Dobro, apresenta o bloco brasileiro do evento Tudum (Crédito: Divulgação/Netflix)

A ambição da empresa é colocar mais conteúdos brasileiros no catálogo para que a população veja suas vidas refletidas e que tenham orgulho de suas histórias, personalidades e cultura. De acordo com a Netflix, em 2012, conteúdo em inglês e de Hollywood eram as categorias mais vistas no País. Agora, brasileiros consomem mais conteúdo de língua não-inglesa. Dos 10 títulos mais assistidos no Brasil, nos últimos dez anos, metade é de língua não-inglesa, vindos do Brasil, França e Espanha. O filme Tudo Bem No Natal Que Vem, estrelado por Leandro Hassum, está entre os três primeiros títulos da lista, e já chegou a mais de 26 milhões de lares ao redor do mundo. Para este e o próximo ano, a plataforma prepara conteúdo original brasileiro de todos os gêneros, de séries ficcionais e documentários a filmes e reality shows.

Estão inclusos na programação o filme Confissões de Uma Garota Excluída, baseado no livro homônimo de Thalita Rebouças e protagonizado por Klara Castanho; Amor Sem Medida, comédia romântica estrelada por Leandro Hassum; 7 Prisioneiros, filme protagonizado por Rodrigo Santoro e Christian Malheiros; Carga Máxima, primeiro longa de ação brasileiro; a comédia romântica Casamento a Distância, protagonizada por Dan Ferreira e Dandara Mariana; Lulli, filme protagonizado por Larissa Manoela; as segundas temporadas das séries Sintonia, Cidade invisível, Bom Dia, Verônica e Irmandade; a dramédia Maldivas, estrelada por Bruna Marquezine, Manu Gavassi e outras atrizes; a sitcom A Sogra que Te Pariu, com Rodrigo Sant’Anna; série ainda não anunciada, com Fernanda Paes Leme, Maíra Azevedo, Marcelo Médici e Thati Lopes; De Volta aos 15, com Maísa Silva, Camila Queiroz e Mariana Rios; os reality shows É o Amor: Família Camargo, que mostra o cotidiano de Zezé Di Camargo e da filha Wanessa Camargo; Casamento às Cegas Brasil, comandado pelo casal Camila Queiroz e Klebber Toledo; a versão brasileira de Queer Eye; e o reality de empreendedorismo Ideias à Venda, com Eliana.

Além disso, em 25 de setembro, a Netflix realiza a terceira edição do festival Tudum. Nascido no Brasil, a primeira edição, em 2019, reuniu 50 mil pessoas no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. A segunda edição foi realizada virtualmente durante a pandemia. Agora, o festival ganha escala global com uma edição virtual que trará novidades sobre 70 títulos e participação das estrelas das séries, filmes e reality shows. O Tudum terá o bloco “Mais Brasil na Tela”, dedicado aos fãs brasileiros, com bastidores das novas séries nacionais De Volta aos 15 e Maldivas. O bloco será apresentado por Maisa Silva.

Campanhas: de tímidos a ousados
A primeira campanha do serviço veiculada no Brasil, ainda em 2011, era uma peça que explicava aos brasileiros o que era a plataforma, como poderia ser acessada através de internet (mas apenas no computador, por consoles de videogame ou outros recursos que ofereciam acesso à internet pelo televisor), sobre o preço (à época, a mensalidade era de R$ 15), e incentivo para conhecer a novidade, recorda a professora de publicidade e propaganda da Faap, Karina Bousso.

Hoje, a A Netflix trabalha no Brasil com diversas agências. O player já teve campanhas desenvolvidas por Wunderman Thompson, Lew’Lara\TBWA, DPZ&T e VML. Este ano, a empresa e a AKQA ganharam Leão de Ouro e Prata em Cannes, por conta do projeto “Stranger Antena”, aplicativo que sintoniza conteúdos inéditos da série Stranger Things por meio do uso de palha de aço, como se fazia para sintonizar a antena de televisores antigamente, mesma época em que a série é ambientada. Em 2018, a AQKA São Paulo e a VML receberam um Leão de Bronze pela campanha “Bagulhos Sinistros”, que usou a programação do SBT para divulgar a estreia da segunda temporada da série. Também com a AKQA, a plataforma criou barbearia, em São Paulo, com a mesma ambientação do estabelecimento da série Sintonia. A primeira campanha global da Netflix, lançada em setembro de 2020, teve criação da AKQA do Brasil. A peça celebra o poder de contar histórias e como os títulos da plataforma são capazes de se conectar com pessoas de diferentes preferências e regiões.

Para Luiza Baffa, managing director da AKQA, a principal diferença entre a Netflix e demais marcas é que a empresa tem conhecimento de cultura pop como poucas marcas e sabe como usar isso na comunicação. “Eles realmente entendem das tensões do consumidor e dos movimentos culturais que o brasileiro vive. E por isso a comunicação é sempre relevante e próxima. O tom de voz da marca é muito único e claro e isso foi se construindo ao longo dos últimos dez anos”, descreve.

A executiva diz que a relação da agência com a marca é uma das mais colaborativas que a agência tem, além de se diferenciar do processo tradicional da criação, que é feito por diversas mãos e, muitas vezes, o próprio cliente tem as ideias mais potentes. “O poder de talkability é transversal a tudo que comunicam. É uma marca que sabe não só entrar em conversas, mas, principalmente, começar novas. Esse é um critério bem específico para tudo que fazemos com Netflix. Se estiver atrelado à cultura e gerar talkability, é sinal de que estamos no caminho certo”, observa.

Veja mais sobre os primeiros parceiros brasileiros da Netflix, como a Boiler Films (produtora de 3%, primeiro conteúdo brasileiro na plataforma) e a Riachuelo (no licenciamento) na edição 1978 do semanal do Meio & Mensagem. O semanal está disponível no aplicativo M&M e no acervo.

**Crédito da imagem no topo: Freestocks/Unsplash

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