Compra da TIM pela Oi pode estar próxima
Com a conclusão da venda da Portugal Telecom para a Altice, tele brasileira pode adquirir a italiana, juntamente com a Vivo e a Claro
Com a conclusão da venda da Portugal Telecom para a Altice, tele brasileira pode adquirir a italiana, juntamente com a Vivo e a Claro
Padrão do site
23 de janeiro de 2015 - 2h40
O processo de consolidação das telecomunicações no Brasil pode estar perto de uma nova fase, num cenário em que as quatro principais operadoras – Claro, Oi, TIM e Vivo – se reduzirão para três – Claro, Oi e Vivo. Segundo matéria da Reuters, com a finalização da venda dos ativos portugueses da Portugal Telecom (PT), pertencentes à Oi, ao grupo francês Altice, abre espaço para que a Oi faça uma oferta pela TIM. Nesta quinta-feira, 22, os acionistas da PT SGPS aprovaram a venda dos ativos para a Altice por 74, bilhões de euros (R$ 22 bilhões). Com isso, a Oi, imediatamente, apresentará melhora na sua situação financeira, o que a fará avançar em uma oferta pela TIM, em conjunto com a Claro e com a Vivo. A transação para a aquisição da TIM é um negócio estimado em R$ 30 bilhões.
Em comunicado também nesta quinta-feira, 22, a Oi afirma que “considera acertada a decisão dos acionistas na assembleia geral da PT SGPS de aprovar a venda da PT Portugal para a Altice. A Oi entende que esta decisão é a que gera mais valor para todos os acionistas. Com a venda, a PT Portugal fica mais forte para atuar em Portugal e a Oi fica mais forte para operar no Brasil, com redução das respectivas alavancagens”.
Continua o comunicado: “o processo de venda é fundamental, pois coloca as duas empresas em melhores condições financeiras e operacionais e, no caso da Oi, representa também a perspectiva concreta de a companhia ter participação importante no processo de consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro. A Oi manterá o foco em suas quatro prioridades informadas ao mercado:
1. Continuar o processo de transformação operacional da companhia e forte redução/controle de custos. Esta estratégia já começou a apontar bons resultados, conforme indicadores de outubro e novembro divulgados, que apontam um ponto de inflexão do negócio, com a melhora da receita líquida operacional e do Ebitda de rotina em relação ao terceiro trimestre de 2014;
2. Correção do balanço patrimonial da companhia, através de novos movimentos de venda de ativos. Com a venda da PT Portugal, a Oi reduz sua alavancagem líquida. Em um primeiro momento, a companhia ficará com o caixa, para decidir no momento oportuno se usará estes recursos no processo de consolidação do setor e/ou na redução de sua dívida;
3. Migração para o Novo Mercado. A Oi reitera seu propósito de ingressar no Novo Mercado, nível mais elevado de governança corporativa da BMF/Bovespa, conforme compromisso firmado com o mercado no âmbito do seu aumento de capital;
4. Participar do processo de consolidação do setor de telecom no Brasil. A venda da PT Portugal habilita a Oi a exercer o protagonismo neste processo, que já está em curso no Brasil.”
E é justamente do item 4 que trata a questão da futura aquisição da TIM, reportada pela Reuters. Segundo a agência de notícias, a Claro já admitiu publicamente ter sido abordada pela Oi para uma oferta pela TIM. O presidente da empresa, Carlos Zenteno, afirmou, em setembro, que a empresa foi sondada pelo Banco BTG Pactual para uma oferta e disse que a companhia estava aberta a analisar oportunidades de consolidação no mercado.
A outra parte interessada na TIM, a Vivo, do Grupo Telefônica, aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da compra da GVT por 7,2 bilhões de eurospara poder manifestar seu interesse na compra da TIM.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros