Falabella reconstrói história da Dicico
Grupo chileno paga R$ 388 milhões por 50,1% das ações do varejo de material de construção fundado em São Paulo em 1918
Grupo chileno paga R$ 388 milhões por 50,1% das ações do varejo de material de construção fundado em São Paulo em 1918
Janaina Langsdorff
28 de maio de 2013 - 8h45
A Dicico, loja de material de construção fundada em São Paulo em 1918, foi comprada pelo grupo Falabella, do Chile, por R$ 388 milhões. Confirmado pela assessoria de imprensa da marca brasileira na manhã desta terça-feira 28, o negócio envolve a aquisição de 50,1% das ações da Construdecor, proprietária da Dicico, inserindo os chilenos em um setor hoje dominado pelos franceses da Leroy Merlin e da Saint Gobain, dona da Telhanorte.
Sob a gestão de Jorge Letra, a Dicico fechou 2012 com 57 lojas no Estado de São Paulo e receita estimada em R$ 789 milhões. Em 2009, a varejista reconstruiu todo o seu negócio passando de “loja dos pobres” para a “loja que faz tudo por você”, conceito baseado em um mix de preceitos norteados por preços acessíveis e promoções, bom atendimento, funcionários capacitados, variedade de produtos e ambientação. Em 2011, passou a operar por meio do sistema de franquias e em setembro do ano passado, durante o MaxiMídia, evento promovido pelo Meio & Mensagem, o executivo disse que o próximo passo seria “estruturar a operação de e-commerce da marca”.
Adquirida em 1999 pelos donos do extinto hipermercado Cândia, a Dicico dá continuidade agora ao seu trabalho com os chilenos do grupo Falabella, presente hoje na Argentina, Colômbia e Perú, além do Chile. “Isso dá um novo impulso ao nosso crescimento regional, nos permitindo entrar no principal mercado da América Latina através de uma cadeia de material de construção com forte presença em São Paulo", declara Sandro Solari, gerente-geral corporativo da Falabella, em comunicado.
Cenário
O varejo de material de construção brasileiro cresce a reboque do setor de construção civil, que espera a retomada dos investimentos no País para voltar a crescer. Segundo dados da SindusCon-SP, a projeção de novos postos de trabalho, antes estimada 4%, encolheu para 3%. O cenário é de desaceleração, mas deve continuar avançando. Os empregos do setor aumentaram 1,11% em abril na comparação com o mês anterior, quando foram abertas 38,2 mil vagas.
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