Heineken vende operações e se retira da Rússia
Marca vendeu ativos para a fabricante local de cervejas Arnest pelo valor de €1 e não terá mais suas marcas vendidas no território
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Meio & Mensagem
28 de agosto de 2023 - 11h55
Com informações do Ad Age
A Heineken NV disse que finalizou um acordo para vender seus ativos e deixar a Rússia, tornando-se uma das poucas empresas de consumo a conseguir se retirar do país com sucesso desde que o governo de Vladimir Putin mudou as regras para a saída de companhias do território.
A empresa holandesa vendeu suas operações, incluindo sete cervejarias, ao grupo russo de embalagens e de bens de consumo Arnest pelo valor de €1, em um negócio que resultará em um prejuízo de €300 milhões. A transação, cujo processo foi iniciado em março de 2022, recebeu todas as aprovações necessárias, de acordo com o divulgado pela Heineken, em comunicado.
Não há opção de recompra ou de retorno à Rússia e a venda e perda financeira terão um “impacto insignificante” nos lucros da Heineken por ação, de acordo com a companhia. Isso não mudará a perspectiva de resultados do ano, segundo a Heineken.
A assinatura de um decreto por Putin, em abril deste ano, complicou os esforços de algumas companhias em deixar a Rússia. Segundo o documento, o país pode assumir o controle estatal temporário de empresas consideradas de estados hostis com a Rússia (como Estados Unidos e seus aliados).
A saída bem-sucedida da Heineken contrasta com a da rival, a Carlsberg A/S, que viu os planos de vender seus negócios no país serem derrubados após o governo russo tomar o controle da operação em julho. Enquanto isso, a Anheuser-Busch Inbev continua tendo participação em uma fabricante russa de cervejas.
“Isso foi incrivelmente complexo”, disse o CEO da Heineken, Dolf van del Brink, em uma entrevista coletiva. “Havia um risco real de um processo de nacionalização”, declarou.
A Heineken tem enfrentado pressão, por parte dos consumidores, para deixar a Rússia, que representava 2% das vendas globais, e havia declarado a intenção de fazê-lo há mais de um ano, sem lucrar com a transação.
Em abril, a empresa diz ter apresentado um pedido de aprovação ao governo russo para vender seus negócios naquele país. Anteriormente, a Heineken havia registrado perdas de €210 milhões com suas operações na Rússia.
Pelos termos do acordo, a nova proprietária não poderá comercializar a marca Heineken no país, de acordo com o CEO. A marca Amstel será retirada do mercado.
A Heineken tinha cerca de 1800 funcionários na Rússia e a Arnest fornecerá garantia de emprego a essas pessoas pelos próximos três anos, segundo o CEO da Heineken. A compradora russa também assumirá cerca de €100 milhões em dívidas relacionadas às operações da Heineken. Nos últimos oito anos de operação no país, a companhia teve prejuízo em seis anos.
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