Marketing

Nielsen conquista patente de método de otimização de vídeo

Método oferece versões de 15 e sete segundos de spot comercial clássico sem comprometer mensagem e mantendo eficiência

i 12 de julho de 2018 - 11h06

O setor de neurociência da Nielsen conquistou recentemente a patente americana de uma metodologia de otimização de formatos comerciais de 30 segundos. A novidade é um trabalho consultivo em cima de testes sobre comerciais em vídeo cujo resultado é uma sugestão de edição que não compromete a mensagem final e, não raro, aumenta o engajamento do consumidor.

 

Laboratório de Neurociência da Nielsen em São Paulo (Crédito: Arthur Nobre)

O método em si já existe há alguns anos, sendo anterior à patente reconhecida em junho. No Brasil, por exemplo, já atendeu a clientes como Perfetti Van Melle (Mentos) e Honda Motos. A ferramenta verifica a reação de um grupo de telespectadores segundo diversas técnicas, como eyetracking, biometria, facial coding, questionário e, principalmente, eletroencefalograma (EEG). “O grande diferencial técnico é um algoritmo que consegue traduzir onda elétrica em scores com grande correlação com desempenho real de mercado”, diz Janaína Brizante, diretora de consumer neuroscience da Nielsen Brasil.

Segundo a cientista e publicitária, as ferramentas e o método utilizados fornecem índices que traduzem mais fielmente o que se passa na cabeça da audiência quando ela assiste a um comercial. Essa análise permite identificar pontos do vídeo que afastam o espectador e, a partir daí, recomendar os ajustes.

A solução de compressão de vídeo sugere novas edições conectando os resultados dos estudos aos objetivos de criatividade da agência e o potencial de engajamento da audiência. Pode gerar um vídeo de 15 ou sete segundos, oferecendo novos flights de uma peça de 30 segundos, com eficiência semelhante.