“Consumidor faz seu próprio código de defesa nas redes sociais”
Em pesquisa, realizada pela Quorum Brasil, 65% das pessoas da classe AB, 74% da C e 70% da D deixariam de comprar uma marca por comentários negativos, nessas mídias
“Consumidor faz seu próprio código de defesa nas redes sociais”
Buscar“Consumidor faz seu próprio código de defesa nas redes sociais”
BuscarEm pesquisa, realizada pela Quorum Brasil, 65% das pessoas da classe AB, 74% da C e 70% da D deixariam de comprar uma marca por comentários negativos, nessas mídias
Victória Navarro
15 de março de 2017 - 14h24
Quanto maior a renda, maior a presença nas redes sociais e maior poder de influência dessas mídias na imagem das marcas. A informação é da sondagem mensal da Quorum Brasil, que realizou 600 entrevistas, na cidade de São Paulo, com homens e mulheres das classes ABCD, entre 18 e 55 anos. “As classes AB reclamam mais, quem tem maior poder aquisitivo e maior acesso a internet. Ou seja, as marcas que estão mais presentes nas classes sociais de maior renda são aquelas que estão sendo mais alvo de crítica”, explica Claudio Silveira, CEO da Quorum Brasil, ao Meio & Mensagem.
O estudo revela que 65% das pessoas da classe AB, 74% da C e 70% da D deixariam de comprar uma marca por comentários negativos, nas redes sociais. “Não é que uma pessoa nunca mais vá comprar a marca, mas ela cria um certo receio em comprar”, diz. O profissional ressalta a capacidade de intervenção dessas mídias no varejo brasileiro.
Entre os entrevistados, 64% das mulheres concordam mais que as redes sociais influenciam as pessoas sobre marcas, enquanto, 42% dos homens dizem o mesmo. A pesquisa também diz que quanto mais jovem o cliente, maior a percepção do poder do digital.
Para Claudio Silveira, o lado bom de tudo isto é que as marcas vêm dando atenção às reclamações. “A partir do momento que as pessoas começam a reclamar, nas redes sociais, as marcas começaram a monitoras as mídias e ir aos seus próprios blogs dar respaldo. Não significa que as empresas tenham resolvido os problemas, mas os clientes receberam atenção. As companhias não estão ignorando esse cenário”, conta. “O consumidor está fazendo o seu próprio código de defesa, nas redes sociais”, acrescenta Claudio Silveira.
O CEO da Quorum aconselha que as empresas não olhem só para o histórico, em suas redes. “É importante saber como a sua marca foi citada, mas também saber o que ela tem que fazer e se antecipar, cuidando da qualidade, do atendimento e do pós venda”, fala. “É tudo muito recente e a tendência é que novas redes sociais surjam e com uma interação mais com as companhia”, conclui.
Compartilhe
Veja também
Prefeitura de São Paulo interrompe projeto do “Largo da Batata Ruffles”
Administração Municipal avaliou que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana precisa dar um parecer sobre o projeto; PepsiCo, dona da marca, diz que parceria é de cooperação e doação e não um acordo de naming rights
Natal e panetones: como as marcas buscam diferenciação?
Em meio a um mercado amplo, marcas como Cacau Show, Bauducco e Dengo investem no equilíbrio entre tradição e inovação, criação de novos momentos de consumo, conexão com novas gerações, entre outros