“Tenho compromisso com a Globo e com minha imagem”

Karina Balan Julio
17 de setembro de 2019 - 6h00

Galvão Bueno. (credito: Denise Tadei)

Com 45 anos de carreira, o narrador Galvão Bueno vem lançando mão de sua personalidade irreverente para experimentar novas funções. O apresentador é o mais novo integrante do casting da agência de influenciadores Mynd. Liberado pela Globo para fazer ações publicitárias, estrelou recentemente suas primeiras ações com marcas — uma campanha para a Gol e a série de branded content Na Estrada com Galvão, para a Volkswagen.

Passadas as primeiras campanhas, o narrador já estuda outros formatos. Entre os planos está um podcast que, segundo o apresentador, deve ser lançado em parceria com a divisão de esportes da Globo. No horizonte, também estão previstas palestras e até um curso online sobre o universo esportivo. Está negociando ainda com plataformas de educação à distância.

“Tem muita coisa sendo planejada, como novos programas de conteúdo que podem trazer marcas. Mas há várias coisas que precisam ser levadas em consideração, como meu comprometimento com a Globo e com a minha própria imagem. Não vou me empolgar e sair atirando para todos os lados ao mesmo tempo”, afirma.

Os projetos publicitários com o narrador são feitos com o aval do time comercial e da divisão de esportes da Globo. “Estou surpreso com as propostas que venho recebendo, mas temos que agir com calma. Além disso, é claro que temos que respeitar os clientes da Globo. Não posso fazer campanhas com concorrentes dos patrocinadores do esporte da Globo, como um patrocinador dos jogos da seleção brasileira ou da Fórmula 1, por exemplo, já que a minha voz está muito ligada aos patrocinadores”, explica.

Sobre a ambição de criar um curso, especificamente, ele diz que o tema da educação sempre lhe interessou. “O Brasil tem muitos problemas relacionados à educação, seja a educação formal ou a formação do cidadão. Penso em fazer um curso ligado a temas esportivos, porque o esporte é fundamental. Talvez não exista escola melhor do que o esporte na formação de vida das pessoas e da cidadania”, diz.