Aos 35, Central de Outdoor relança prêmio
Entidade promove encontro nacional de exibidores para debater o cenário atual do mídia out-of-home
Entidade promove encontro nacional de exibidores para debater o cenário atual do mídia out-of-home
Nathalie Ursini
14 de agosto de 2012 - 9h34
Nesta quarta-feira 15 e no dia seguinte, a Central de Outdoor promove em São Paulo o 12o Workshop Nacional 2012, reunindo exibidores de todo o Brasil para palestras com profissionais renomados. Além de discutir sobre o atual cenário do outdoor no País, a ideia é apresentar as tendências mundiais e realizar uma comparação entre a realidade dos outros países com a encontrada no Brasil. Além do workshop, será relançado o Prêmio Central de Outdoor.
Para Marcelo Moura, presidente da Central de Outdoor, o País tem estrutura e qualidade equivalente, até mesmo melhor, que os demais países. “Nosso trabalho é para que tenhamos um padrão de outdoor em todas as cidades brasileiras”, acrescenta. O painel eletrônico de LED também será tema do evento, já que deve representar o maior crescimento da mídia out-of-home nos próximos dez anos, segundo o presidente.
O workshop acontece junto à comemoração dos 35 anos da entidade, que foca na criação de controle de qualidade para a mídia exterior em todo o País. “Vamos concentrar tudo em um software, que é o AtlasGeo para abordar questões de qualidade, técnicas, tamanhos , sistema de mercado”, explica o presidente. Durante o evento, a entidade aproveita para relançar o Prêmio Central de Outdoor, com uma diferença dos demais prêmios: as peças inscritas não precisam ter sido veiculadas. “O prêmio vem para estimular a criação em outdoor, principalmente da cidade de São Paulo, em que os criativos devem fazer peças incríveis e que não são exibidas”, comenta.
Moura admite que o mercado não soube adequar rapidamente ao novo quadro regulatório e demorou a se recuperar do susto que a perda de aproximadamente R$ 100 milhões anuais representou para o meio. De acordo com ele, o impacto da não presença da mídia exterior desestimulou os criativos das agências. “Durante esses cinco anos, não soubemos aproveitar o potencial que a mídia exterior traz para Brasil”, lamenta.
Crítica
Para o presidente, o conceito de cidade limpa é um grande mal-entendido. “Podemos até concordar que a Avenida 9 de Julho está melhor, ou a Avenida 23 de Maio (grandes vias de acesso à região central, na capital paulista). Mas esse cenário é apenas nos bairros nobres”, argumenta. “Não basta tirar as mídias das ruas, a ideia de cidade limpa é um conjunto de fatores que devem influenciar diretamente na vida da população”, completa.
Desde que o outdoor foi proibido em São Paulo, o esforço da entidade está em mostrar ao mercado publicitário da capital paulista que o outdoor continua com a mesma frequência e cobertura em outras regiões do País. “Entendemos que o mercado da capital é importante, mas a mídia exterior é forte nas outras praças. Por isso, estamos investindo no sistema de programação para que os planejadores de mídia das agências invistam e possam cruzar informações de banco de dados e buscas”, explica.
Apesar disso tudo, o meio tem verificado uma performance positiva. Em 2007, o faturamento publicitário em Outdoor foi de R$ 308 milhões (contra R$ 366 milhões do ano anterior). Em 2011, o meio encerrou o ano com R$ 438 milhões, em uma série de cinco anos com aumento, o último deles de 4,2%, segundo o Projeto Inter-Meios, um relatório de investimento em mídia realizado pela PriceWaterhouseCoopers com exclusividade para o Meio & Mensagem, que coordena a iniciativa.
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