Com novos visual e features, Facebook quer recomeçar
Durante o F8, a plataforma divulgou seu redesenho e recursos em todos os produtos, incluindo Instagram, Messenger e WhatsApp
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Mark Zuckerberg, CEO da companhia anunciou nesta terça-feira, 30, durante a F8, conferência voltada para desenvolvedores realizada em San Jose, na Califórnia, uma mudança no layout do aplicativo da rede social. Ele perde a cor azul e o ícone F foi atualizado. Esta é a maior mudança estética de empresa em cinco anos. “O aplicativo não é mais azul”, comentou Zuckerberg.
Além disso, a companhia estabeleceu o plano de unificação das quatro redes sociais: Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, para que as pessoas possam enviar mensagens umas às outras, e reiterou um roteiro para melhores controles de privacidade que a empresa começou a seguir no ano passado.
Messenger
Segundo o Facebook, até o final do ano, o aplicativo do Messenger será mais rápido e confiável. “Estamos reescrevendo o Messenger do zero para oferecer a melhor mensagem privada que existe”, disse Zuckerberg na conferência. O aplicativo permitirá que o usuário compartilhe um vídeo do aplicativo do Facebook no Messenger e convide outros para assistir o conteúdo junto enquanto conversam ou fazem uma ligação de vídeo.
Além disso, o Messenger também contará com um aplicativo tanto para desktop Windows quanto MacOS, no qual será possível fazer ligações de vídeos em grupo, colaborar em projetos ou trabalhar em múltiplas tarefas enquanto conversa no Messenger.
Outro novidade do Messenger é guia “amigos”, que agrega Stories, postagens no Facebook e atualizações do WhatsApp, na qual o usuários poderão compartilhar conteúdos do seu dia e escolher exatamente quem vê o que é publicado.
Voltado para empresas, o Facebook tornará mais fácil o conexão entre companhias e consumidores em potencial ao adicionar modelos de geração de leads no Ads Manager. Por meio dessa função as empresas poderão criar anúncios que levem as pessoas a um questionário no Messenger para conhecer mais sobre os seus clientes.
WhatsApp
A novidade do WhatsApp é que nos próximos meses, será possível ver um catálogo de produtos no WhatsApp ao conversar com uma marca.
Instagram
Também no F8, o Instagram anunciou uma ferramenta que permite usuários comprar peças de roupas que celebridades estiverem usando em publicações e Stories originais e não-patrocinados. A novidade faz parte do programa “comprando de creators”. A ferramenta, em formato de etiqueta, informa o preço e o link para o produto no e-commerce da marca.
O recurso será testado em um pequeno grupo de criadores de conteúdo, entre eles estão Kylie Jenner, Gigi Hadid, Camila Cabello e Nikita Dragun e os planos da companhia é expandir isso ao longo do tempo. Por ora, apenas 23 marcas podem ser mencionadas, entre elas Adidas, Dior, H&M, Prada e Zara. A ferramenta já era usada em publicações de marcas em seus perfis proprietários.
Outra ferramenta do Instagram, que no momento só está disponível no Estados Unidos, é a possibilidade de captar fundos para organizações sem fins lucrativos por meio de um adesivo de doação no stories, no qual o usuário poderá criar um campanha de arrecadação e mobilizar pessoas em torno da causa.
A última novidade em relação ao Instagram é o novo design da câmera, que inclui o “Modo de criação”, que segundo a companhia, facilita o uso de ferramentas criativas populares, como efeitos e adesivos interativos, que permite uma expressão mais livre do usuário.
Facebook
Outra prioridade da plataforma para esta nova fase são os grupos. De acordo com comunicado da rede, atualmente 400 milhões de usuários participam de grupos que consideram importante. Com isso em mente, o Facebook estreia um novo design que colocará as comunidades no centro da interface e aprimora as ferramentas de recomendação de grupos.
A aba de grupos será reformulada para mostrar um feed personalizado de atividades nos grupos que o usuário participa e ele poderá compartilhar conteúdo nos grupos pelo feed de notícias.
Facebook anuncia ferramenta Dating no Brasil
O Facebook também passa a recomendar comunidades de acordo com interesses do usuário na aba dos grupos, no marketplace, na página de jogos e no Facebook Watch. “Quando as pessoas encontram o Grupo certo, ele geralmente se transforma na parte mais importante do uso do Facebook”, diz a nota.
Outra novidade é o recurso “Conheça novos amigos” que, segundo a companhia, ajudará pessoas a começar amizades a partir de comunidades compartilhadas. Essa ferramenta será optativa, logo, só o usuário que habilitar a função poderá ver outras pessoas que estão abertas a fazer novos amigos e vice-versa.
Através do Facebook também será possível pagar por itens do Marketplace enviados para qualquer lugar na parte continental dos Estados Unidos. “Para vendedores, isso significa chegar a mais clientes e receber pagamentos seguros. Já para consumidores, isso possibilitará comprar mais itens, seja de perto ou de longe”, diz a nota.
Realidade aumentada
O Facebook também promoveu sua plataforma de realidade aumentada, que foi aberta a todos os desenvolvedores na terça-feira. A plataforma chama-se Spark AR, semelhante ao Lens Studio do Snapchat e ao ARCore do Google, e permite que os desenvolvedores criem recursos de realidade aumentada que as pessoas acessam por meio dos aplicativos. A realidade aumentada pode transformar um vídeo com animações, sobrepor informações digitais ao mundo real através da câmera e exibir produtos virtuais, entre outros usos.
Mais de um bilhão de pessoas já experimentaram a realidade aumentada em aplicativos e serviços do Facebook, até o momento, disse Zuckerberg. A plataforma Spark AR estava disponível amplamente disponível para desenvolvedores no Facebook e Messenger, mas apenas em uma capacidade limitada no Instagram, antes de ser totalmente aberta na terça-feira.
Zuckerberg e o restante da empresa esperam mais do que apenas um novo começo com o design, os anúncios de terça-feira foram feitos para sinalizar mais do que mudanças superficiais. O Facebook tem estado no centro de um terrível debate digital nos últimos três anos, com preocupações sobre desinformação, fracas políticas de compartilhamento de dados e conteúdo abusivo. O discurso de Zuckerberg abordou as críticas a ele e sua empresa.
*Crédito da imagem no topo: Facebook/ Divulgação
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