Globonews completa 20 anos perseguindo o “ao vivo”
Emissora investe em plataformas e na mudança da postura
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Teresa Levin
9 de novembro de 2016 - 7h58
Quando foi lançada, em 1996, a GloboNews já focava em notícias mas em um ambiente em que a internet comercial brasileira havia acabado de nascer (1995) e o celular era, ainda, novidade. Neste salto de 20 anos, tudo mudou. O canal é um dos mais importantes da Globosat e expandiu-se para múltiplas plataformas. entrevista abaixo, Eugenia Moreyra, executiva que comanda o veículo há cinco anos, relembra o início do canal e aponta os desafios que ele já enfrenta e tem a frente, perseguindo cada vez mais o “ao vivo” e mudando a forma como seus apresentadores se comunicam com o público. Confira trechos da entrevista.
Meio & Mensagem – A GloboNews foi lançada há 20 anos quando as redes sociais e a consequente participação ativa dos telespectadores não tinham o peso que tem hoje. Como esta mudança de comportamento impactou o canal?
Eugenia Moreyra – A GloboNews começou muito bem, mas em uma época em que não tinha internet, smartphone. A ideia era usar material da TV Globo, ocupar espaços. Quando assumimos o canal, a ideia era dar um choque de contemporaneidade. Mudamos, por exemplo, a forma de captação: hoje, nenhum repórter nosso sai sem celular. Os atentados de Paris, por exemplo, foram cobertos todos de celular. Foi uma cobertura toda feita em outro formato. Fizemos o mesmo no calor das manifestações. Nossa visão é ser o principal player de notícias ao vivo do Brasil.
M&M – O perfil do canal mudou da época que foi lançado para o momento atual? Se sim, como e por que?
Eugenia – No início, a fórmula do sucesso foi a união de profissionais experientes com jovens talentosos, reproduzindo o que foi ao ar na TV Globo. Hoje, a grande aposta é estar ao vivo no local da notícia, independente de onde for. Ficar direto ao vivo, enquanto a notícia acontece, levando a cobertura em tempo real para o telespectador, mais quente, mais vivo.
M&M – Qual a relevância de um canal como a GloboNews em um cenário de informações pulverizadas e disponíveis por todo o lado?
Eugenia – Um ponto fundamental para a GloboNews foi a descoberta de que a notícia, o jornalismo, a informação, não precisam estar sempre atrelados só ao lado do dever, da obrigação, da necessidade. Você precisa da informação para o seu emprego, para o vestibular, para a vida. Sim, claro. Mas a gente começou a ver que a pessoa quando liga a TV também quer se associar ao desejo, a vontade, ao prazer. E como fazer essa migração? O jornalismo nunca esteve atrelado a isso. Entendemos que era o “vivo”. Não só estar ao vivo, mas estar vivo mesmo. Hoje nossos âncoras e repórteres estão inteiros ali, com a notícia. Não é uma narração arrastada, é natural, vivendo a notícia enquanto ela acontece. Levamos isso para o telespectador. Isso é um diferencial.
M&M – Quais os desafios que a GloboNews tem a frente no atual cenário da mídia?
Eugenia – Conquistar a atenção do telespectador, em um universo fragmentado com mais de 230 canais, além da web. Além disso, queremos sempre rejuvenescer a audiência, aumentar nossa presença em São Paulo e ampliar a participação de conteúdo regional no canal de forma geral.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição número 1735, de 7 de novembro, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
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