Microsoft conclui aquisição da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões
Acordo é fechado quase dois anos após seu anúncio a partir da permissão de órgãos reguladores do Reino Unido
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Meio & Mensagem
13 de outubro de 2023 - 12h19
A Microsoft concluiu o acordo de compra da Activision Blizzard na manhã desta sexta-feira, 13. A compra de US$ 69 bilhões (cerca de R$ 346 bilhões na cotação atual) foi autorizada por órgãos reguladores do Reino Unidos quase dois anos após o anúncio inicial, em janeiro de 2022.
O movimento é o maior já visto na indústria de games e insere a companhia de forma notória no segmento de jogos móveis. A partir de agora, a Microsoft passa a ser detentora de títulos como Call of Duty, Diablo 4, Guitar Hero, Candy Crush Saga, entre outros. A big tech fica atrás apenas da Sony e da Nintendo no cenário global.
A Variety aponta que um documento da Securities and Exchange Commission (SEC) deu mais detalhes sobre a transação. As informações também foram explicadas pela Microsoft à imprensa. “Juntos, criaremos novos mundos e histórias, levaremos seus jogos favoritos para mais lugares para que mais jogadores possam participar, envolveremos e encantaremos os jogadores de maneiras novas e inovadoras nos lugares onde eles adoram jogar, incluindo dispositivos móveis, nuvem, streaming e muito mais”, dizia a nota.
A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), agência reguladora do Reino Unido, havia bloqueado a aquisição em abril deste ano. O órgão alegava que isso poderia gerar desvantagem competitiva para outros players da indústria, sobretudo em jogos em nuvem. Ainda que o acordo original tenha sido expirado em julho, a Microsoft obteve uma autorização judicial para seguir com as negociações no mesmo mês. A big tech deve finalizar a transação até 18 de outubro.
O órgão aponta que “o novo acordo impedirá que a Microsoft bloqueie a concorrência nos jogos em nuvem à medida que esse mercado decola, preservando preços e serviços competitivos para os clientes no Reino Unido”.
A concessão atual permite que a Ubisoft forneça conteúdo da Activision Blizzard “sob qualquer modelo de negócios, inclusive por meio de serviços de assinatura multijogo”, conforme indica a CMA. A empresa tem o prazo de 15 anos para adquirir direitos e licenciar títulos para serem inseridos no Xbox Cloud Gaming. Ao mesmo tempo, o documento prevê que os provedores de jogos também poderão utilizar sistemas operacionais que não sejam do Windows para conteúdos da Activision.
Em postagem no X, antigo Twitter, Brad Smith, CEO da Activision Blizzard, celebrou a decisão. Confira.
We’re grateful for the CMA’s thorough review and decision today. We have now crossed the final regulatory hurdle to close this acquisition, which we believe will benefit players and the gaming industry worldwide.
— Brad Smith (@BradSmi) October 13, 2023
“Estamos gratos pela análise e decisão completas do CMA hoje. Já ultrapassamos o último obstáculo regulatório para fechar esta aquisição, que acreditamos beneficiará os jogadores e a indústria de jogos em todo o mundo”, escreveu o executivo.
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