Mídia

Netflix ultrapassa HBO em assinantes

House of Cards colaborou, trazendo aproximadamente dois milhões de assinantes desde seu lançamento

i 24 de abril de 2013 - 11h32

Em fevereiro a Netflix lançou sua série House of Cards com pompa. Afinal, foi dirigido e produzido pelo cineasta David Fincher – aclamado por filmes como Seven, Clube da Luta, O Estranho Caso de Benjamin Button e A Rede Social – e havia no elenco atores populares, como Kevin Spacey e Robin Wright. Na ocasião, o diretor de conteúdo da empresa, Ted Sarandos, disse à revista GQ que o objetivo do lance era “se tornar a HBO antes que HBO virasse a Netflix”. Missão cumprida.

Segundo o balanço de primeiro trimestre, a empresa fechou março com 29,2 milhões de assinantes nos EUA – 500 mil a mais que a HBO. House of Cards colaborou, trazendo aproximadamente dois milhões de assinantes desde seu lançamento. Lançou recentemente o seriado de ficção Hemlock Grove, atraindo ainda mais consumidores. E anunciou que vai colocar no ar em breve a quarta temporada, também em exclusividade, da série Arrested Development, que fazia sucesso na Fox e foi interrompida sem maiores explicações.

“Estamos investindo muito em marketing, social media, produção de conteúdo e outras estratégias de negócios”, diz Gabriel Nava, gerente global de mídias sociais da Netflix, ao Meio & Mensagem. Segundo o executivo, havia expectativa de crescimento, mas a rapidez com que aconteceu surpreendeu toda a diretoria.

Após uma medida impopular de aumento de preços há um ano e uma pequena queda de mercado no acumulado de 2012, as ações da empresa subiram cerca de 20% neste trimestre (atingindo seu ápice de 12 meses na terça 23, com alta de 24% e US$ 217,10 a cota) e a receita cresceu 18%, chegando a US$ 1,02 bilhão, US$ 7 milhões acima do previsto.

“Ficamos felizes que isso tenha resultado em novos clientes e na expansão da marca, pois não se trata somente se popularizar um produto, mas fazer bom conteúdo e ganhar assinantes fieis”, comemora Nava. Ele se refere à previsão de alguns analistas, que não haviam se entusiasmado com o crescimento da base de consumidores após o anúncio de House of Cards, em fevereiro, pensando que eles aproveitariam o mês gratuito e depois de assistir a série cancelariam a assinatura. Mas não foi isso o que aconteceu.

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