NYT poderá criar uma agência de publicidade
Enquanto a receita de circulação cresceu 3% no terceiro trimestre, impulsionada pelas assinaturas eletrônicas, a queda nos anúncios impressos levou a uma perda de 1% na receita total
Enquanto a receita de circulação cresceu 3% no terceiro trimestre, impulsionada pelas assinaturas eletrônicas, a queda nos anúncios impressos levou a uma perda de 1% na receita total
Bárbara Sacchitiello
21 de julho de 2016 - 8h43
Há dois anos e meio, o The New York Times estruturou um núcleo somente para criar e executar projetos na área de branded content. A ideia era conseguir produzir conteúdo de acordo com a filosofia e o estilo das plataformas do jornal e que, ao mesmo tempo, atendesse às demandas de marketing e de comunicação dos anunciantes. Agora, mais maduro e com trabalhos consagrados, o T Brand Studio pode, em breve, se transformar em uma agência de publicidade.
De acordo com reportagem do Digiday, o jornal estuda a possibilidade de transformar o T Brand Studio em uma operação full service, que além de criar ações de branded content também criaria campanhas e outras ações de comunicação para os anunciantes.
Para esse possível ingresso no setor de agências de publicidade, o T Brand Studio conta com um respeitável histórico. Em mais de dois anos de existência, a área já criou projetos editoriais de conteúdo para clientes como Phillips, Delloite e Nike. O reconhecimento maior, entretanto, veio na edição deste ano do Festival Internacional de Criatividade de Cannes, quando a companhia conquistou dois Grand Prix pela plataforma de realidade aumentada criada para o próprio jornal: um em Mobile e outro em Entertainment. Com o apoio de alguns anunciantes, o Studio conseguiu criar óculos de realidade aumentada que, ao ser utilizada para acompanhar reportagens e vídeos do New York Times, levava os leitores para os ambientes das histórias e matérias. O trabalho foi muito elogiado pelos jurados do Cannes Lions.
Segundo a reportagem do Digitay, o T Brand Studio vem ganhando cada vez mais importância dentro dos negócios do NYT. A área deve encerrar este ano com a produção de cem campanhas publicitárias, sendo responsável por praticamente 30% das receitas digitais da publicação. Mais de cem pessoas compõem a equipe do estúdio – mais do que o dobro do que era há dois anos e meio, quando a divisão foi criada.
A reportagem alerta que, ao transformar a operação em uma agêencia full service, o NYT correria alguns riscos, sendo o principal deles a competição relativamente desigual com grandes agências de publicidade dos Estados Unidos, especializadas em trabalhos diversos aos clientes, enquanto que o T Brand acabou voltando sua atuação para a produção de cases de conteúdo atrelados ao seu editorial.
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