Omelete traz Gamescom ao Brasil para fomentar mercado de games
Em parceria com Governo do Estado de São Paulo, Gamescom Latam acontecerá em junho de 2024 e visa ser catalisador para indústria de games
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Thaís Monteiro
28 de novembro de 2023 - 16h39
Colaborou Bárbara Sacchitiello
Entre 26 e 30 de junho de 2024, o Omelete & Co. realizará a primeira edição da Gamescom no Brasil. O festival, voltado a divulgar títulos de jogos eletrônicos para o público e fomentar negócios no mercado de games, acontece anualmente em Colônia, na Alemanha. Agora, em sociedade com a Koelnmesse, organizadora do evento, a Omelete & Co. traz o evento ao Brasil com a expectativa de atrair 100 mil pessoas.
A chegada do evento na América Latina foi anunciada oficialmente durante o Unlock, evento de negócios da CCXP, que iniciou nesta terça-feira, 24. O anúncio contou com as presenças de representantes da Koelnmesse, do Consulado da Alemanha no Brasil, bem como da Prefeitura de São Paulo, da Apex e da Abragames e do Governo do Estado.
A Gamescom Latam foi viabilizada com base na sociedade entre a Omelete & Co e a Koelnmesse, junto à Associação Alemã da Indústria de Jogos (Game).
CEO do BIG Festival, evento de games que já fazia parte do portfólio da Omelete & Co, e, a partir de agora, também CEO da Gamescom Latam, Gustavo Steinberg explicou que a chegada do evento ao País é fruto de mais de um ano e meio de negociações com as organizações e relembrou a trajetória de crescimento do BIG Festival.
“Começamos há 12 anos, com uma pequena sala dentro do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo e conseguimos, no ano passado, atrair mais de 50 mil pessoas ao BIG Festival. Agora, realizamos o sonho de trazer o maior evento de Games do mundo ao Brasil”, celebrou.
“Estamos muito animados em trazer esse evento ao Brasil e por essa conversa ter se tornado realidade”, declarou Albert Koch, diretor e membro do board da Koelnmesse. O executivo apresentou um pouco da programação da Gamescom em Colônia, na Alemanha, que será trazida ao Brasil, como a conferência de desenvolvedores, arenas de eventos e entretenimentos, lives com influenciadores, creators space, indie arena, áreas de business e a Gamescom City. “Em Colonia, a Gamescom envolve a cidade toda e queremos fazer isso nesse pólo tão importante para a indústria de games como São Paulo”, disse.
Apesar de se tratar de uma sociedade, o Games será 100% operado pela Omelete & Co. Dessa forma, o BIG Festival se torna parte da Gamescom Latam, como uma premiação dos melhores games mundiais.
O Governo do Estado de São Paulo informou que já está garantida uma verba de R$ 6 milhões para a realização da Gamescom nos anos de 2024, 2025 e 2026.
Ao se tornar sócia do BIG Festival, a Omelete&Co já tinha a intenção de expandir o festival e transformá-lo de B2B para B2C com uma ampliação das experiências oferecidas ao público e o envolvimento de mais empresas. No primeiro ano de parceria, o BIG Festival conseguiu ampliar seu público de cinco mil pessoas para 50 mil.
No contexto da Gamescom, a expectativa é dobrar o número de participantes e atrair desenvolvedoras asiáticas, com as quais a CCXP ou o BIG não tiveram contato expressivo.
O namoro é antigo, afirma Mantovani. Em 2016, uma equipe da Omelete&Co foi à Alemanha com o intuito de trazer a Gamescom para o Brasil. A Koelnmesse acreditava que o evento ainda não estava pronto para ganhar territórios internacionais, mas se interessou em trazer a CCXP para a Alemanha. Foi assim que surgiu a CCXP Cologne em 2019. Conforme o CEO, o evento não teve novas edições em decorrência da pandemia e da Guerra entre Rússia e Ucrânia.
CCXP completa 10 anos com recorde de marcas
Em contrapartida, a Gamescom deste ano homenageou o Brasil e o Omelete, junto ao governo da Alemanha, conseguiu levar representantes do Governo Estadual e Municipal ao festival para apresentar aos representantes do poder público como o evento mudou a cidade de Colônia e o impacto que ele poderia ter em São Paulo.
“O governo entendeu isso de uma forma muito direta. Anunciamos a Gamescom para o grande público com o governador do Estado. Isso não tem nenhum viés político da nossa parte. O conceito é muito mais sermos uma ponta de lança da indústria de games, saber fazer o diálogo e trazer o governo a pensar na Gamescom não só como um evento, mas um catalisador de negócios para a indústria criativa”, explica Mantovani.
O CEO conta que o objetivo é instruir o governo a capacitar jovens para trabalhar nessa indústria e incentivar desenvolvedores de fora a abrirem escritórios no País e contratar mão de obra brasileira. O executivo diz que já vê movimentos do poder público em prol da indústria de games, como a inclusão dos games na Lei Paulo Gustavo e no Programa de Ação Cultural (ProAC).
“Hoje, o jovem quer trabalhar com coisas diferentes. Se não trabalharmos para criar um mercado para isso, não vamos para frente. Acho que iremos trazer valor para a cidade e para a indústria”, afirma.
Em meio ao anúncio da Gamescom, representantes da Prefeitura de São Paulo comunicaram que a cidade também ganhará um hub de games, que funcionará na região do Vale do Anhangabaú, centro da cidade.
A ideia é que o espaço seja utilizado para o trabalho de desenvolvedores e a prática de atividades relacionadas aos games.
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