Os grandes destaques do MipTV 2012
Coproduções e second screen movimentaram as discussões da feira, realizada na semana passada em Cannes
Coproduções e second screen movimentaram as discussões da feira, realizada na semana passada em Cannes
Meio & Mensagem
9 de abril de 2012 - 3h28
(*) Por Carla Affonso
Este ano, os corredores do MIPTV, em Cannes (França), pareciam estar mais vazios, mas o evento estava muito interessante. Além de novos conteúdos, os temas centrais foram coproduções, "Branded Content" e os modelos de negócios para a “segunda tela” para conteúdo (celular e internet).
Em se tratando de formatos, a tendência de conteúdo estava bastante marcada pelos formatos de dating, revelação de talentos (especialmente de música) e comédia. Todas as produtoras aumentaram os números de programas deste gênero, que está tendo grande aceitação pelo público. Para os de comédia, entende-se que pode ser um reflexo da internet. Com a enorme quantidade de conteúdos de comédia na rede, as TVs começaram a se movimentar para manter a audiência, e como resultado gerando novos formatos no gênero.
Quanto às coproduções, a crise Europeia mais do que nunca leva os canais a buscarem formas de financiar seus conteúdos, e então crescem as conversas sobre coproduções. O Brasil vive um excelente momento neste sentido, os produtores independentes brasileiros estão cada vez mais experientes nesta categoria e prontos para participar de projetos de vários países. Ao mesmo tempo, todos os players estão tentando entender melhor como podem se ajustar à nova lei de pay TV e tirar proveito deste oportunidade.
Branded Content já é um dos focos das palestras no MIPTV, e tem inclusive uma premiação. Os anunciantes estão começando a entender como funciona a co-criação com produtoras e agências. Sua participação tem início na concepção dos projetos, e quando o projeto é bom ele funciona com ou sem a marca. Isso quer dizer que como sempre o conteúdo continua o rei, e o anunciante entra no conceito do programa. O telespectador não pode ser enganado: se a entrega for um comercial gigante ele muda de canal, já quando se trata de uma boa história as audiências estão garantidas. O grande desafio continua na adequação de trabalho entre as agências, anunciantes e produtoras, já que o trabalho em equipe dessas três entidades – mais o canal – é fundamental para o sucesso.
Já em relação às outras telas, a internet e os telefones, cada vez há mais conteúdos criados especificamente para elas, e ainda não existe um modelo definido de como são os negócios entre as partes. Ou seja, nós, produtores, precisamos manter em mente ao testar um modelo de negócio novo: podemos financiar um projeto para que ele se viabilize, mas em algum momento ele terá que nos financiar – senão alguma coisa vai dar errado no final.
* Carla Affonso é CEO da Zodiak Brasil. Ela escreve como colaboradora do Meio & Mensagem
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