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Ofensas contra jornalista viram caso de polícia

Delegacia de Repressão a Crimes de Informática e Ministério Público apuram os ataques sofridos por Maju nas redes sociais


6 de julho de 2015 - 8h36

Os comentários racistas contra a jornalista Maria Julia Coutinho nas redes sociais, entre a quinta-feira e a sexta-feira da semana passada, viraram caso de polícia. A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), divisão da Polícia Civil do Rio, confirmou o início de uma investigação para identificar os autores das ofensas sofridas por Maju. Na sexta-feira 3, a Coordenadoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio pediu rigor na investigação da Polícia Civil e solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso.

O Ministério Público de São Paulo também iniciou um processo de investigação. Em entrevista ao Estadão, Christiano Jorge Santos, promotor de Justiça Criminal, afirmou que a possibilidade de punir os responsáveis é grande. "As pessoas acham que estão navegando em um oceano de impunidade, mas já presidi várias investigações deste tipo e tive sucesso", disse o promotor. De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos na internet SaferNet, desde 2006, foi contabilizada uma alta de 236% nas ocorrências de racismo na internet. Houve um salto de 25.6 mil denúncias para 86.570, em 2014. Na média desses oito anos, o crescimento ficou na casa de 10% ao ano. O racismo ultrapassou a pornografia infantil como principal causa de denúncias.

Respostas da TV Globo

Além da divulgação de um vídeo de apoio à Maju, ainda na sexta-feira 3, o Jornal Nacional abriu espaço para falar do assunto. Assim que terminou o boletim sobre a previsão do tempo para o final de semana, Maju comentou estar feliz pela campanha de apoio a ela e de repúdio a insultos raciais. A jornalista também agradeceu às manifestações de carinho. "Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa", disse ela. Em nota, a TV Globo informou que as mensagens racistas contra Maju foram retiradas da página do Jornal Nacional no Facebook e que estuda medidas judicias cabíveis.

Em um ano, nada mudou

Em novembro de 2014, outra jornalista foi vítima de racismo em redes sociais. A apresentadora Joyce Ribeiro, do SBT, precisou abrir um boletim de ocorrência em uma delegacia de São Paulo denunciando ofensas que sofreu. "Não estou aqui me colocando como uma vítima. Eu fui, sim, agredida e estou aqui exercendo o meu direito de buscar a punição da pessoa que me agrediu", disse Joyce na ocasião. "As pessoas são diferentes e a riqueza está justamente nisso, nas diferenças. E a gente tem que usar tudo isso a nosso favor", completou. A apresentadora ganhou apoio público de outros colegas apresentadores e também do SBT.

Assista ao vídeo em que a jornalista comenta as ofensas:

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