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EuroShop destaca iluminação customizada e madeira no PDV


10 de março de 2017 - 19h56

Novos materiais para o ponto de venda, inovações tecnológicas e sistemas de iluminação mais eficientes foram destaque na 50ª edição da EuroShop, a mais importante feira de soluções para varejo do mundo. Realizado a cada três anos, em Düsseldorf, na Alemanha, o evento aconteceu entre os dias 5 e 9 de março.

Os 18 pavilhões com 2.500 expositores receberam mais de 100 mil visitantes de quase 100 países. Foi apresentado o que existe de mais moderno no mundo do varejo. Listamos algumas tendências que devem estar nas lojas de todo planeta nos próximos anos.

Iluminação interativa
O segmento de iluminação sofreu um grande salto de qualidade e inovação, tendo apresentado várias propostas que dão aos varejistas e empresas que trabalham com e para o varejo a possibilidade de utilizar o mesmo material e sistema de iluminação para diferentes formatos de loja.

Imagine criar um sistema que não precisa ser recriado ou refeito loja a loja. É como se pegássemos, por exemplo, cinco peças de Lego e as utilizássemos para montar várias estruturas diferentes, mas que têm a mesma finalidade.

Os sistemas de iluminação estão muito mais customizáveis, permitindo que as marcas poupem tempo, verba e, principalmente, que as lojas não se descaracterizem.

A Philips, por exemplo, apresentou soluções que prometem revolucionar a iluminação no PDV. Através da integração de tecnologias, a empresa mostrou um sistema que usa dados de Bluetooth e GPS, conectados à iluminação, para mapear a loja e detectar onde o consumidor está no ambiente. Desta forma, com a junção das tecnologias, é possível oferecer uma promoção específica, em determinado local do ambiente, voltado para aquele consumidor. Além do estande da marca na feira, pudemos visitar a fábrica da Philips na região e ver de perto como os engenheiros estão construindo os sistemas de iluminação para os próximos anos.

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Exemplo de aplicação de iluminação o PDV (crédito: divulgação)

Madeira em alta
O material realmente está com tudo! Grandes fabricantes de mobiliário e cenários diversos voltaram a utilizar este elemento, mas de uma forma diferente. Agora, a madeira é parte integrante da estrutura das peças, ao invés de ser somente um acessório ou detalhe.

Ela passa a compor temas inteiros (como gôndolas em que toda a sua estrutura é feita de madeira), ou ser a principal responsável pelo visual de uma loja, estande ou corner. Foi o que vimos com materiais como o compensado ou prensados de madeira de diversas formas.

Parte disso é uma demanda real da nova geração, que deseja qualidade de vida, um planeta melhor, menos consumismo e desperdício. É o que chamamos de grande ciclo do varejo, em que materiais e tendências são reciclados e voltam aos holofotes. Neste caso, é um ponto positivo para as indústrias, fabricantes, fornecedores e varejos que se utilizarem desse artifício, pois além de parecer algo sustentável, é barato e não corremos mais o risco de parecer um material mais pobre. Pode ser simples, mas é elegante e, se bem utilizado com outros elementos, pode ser um trunfo.

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Aplicação de madeira na construção de gôndolas (crédito: divulgação)

Outras tendências
De olho na geração Z — que em 2020 será a maior parte da força de trabalho e de compra nos maiores países do mundo —, as empresas acreditam na simplicidade dos espaços. E na multifuncionalidade. Os jovens esperam espaços interligados e multitarefa: uma loja de roupa pode ter o melhor café da cidade; uma farmácia pode vender um ótimo pão; e uma loja de material de construção pode ser o melhor lugar para se fazer home office. Isso tudo pede espaços interligados e varejistas que olhem a cesta de compras e toda a jornada de consumo desse consumidor, e não somente os produtos que ele consome normalmente em suas lojas.

Outro tema de grande destaque da 50ª EuroShop foi a transparência. Elementos retos, balcões de atendimento limpos, com uma tendência à volta da madeira (como já destaquei), telas e elementos vazados mostram que o varejo precisa, sim, tratar funcionários e consumidores com mais cuidado.

Também ficou claro durante o evento que a tendência é integrar os mais variados tipos de tecnologia, de forma a entregar um varejo mais organizado, com dados precisos e otimizar a operação.

O grande resumo de tudo isso é mesmo que o varejo só não será mais eficiente se nós, que trabalhamos no meio, não quisermos. As possibilidades, materiais e sistemas estão todos aí! É só colocar tudo em prática!

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