Tanto humanos quanto robôs estão longe de saber de tudo
Comentários sobre a primeira edição do Web Summit no Rio de Janeiro e adoção de IA deixaram isso claro
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Pela primeira vez, o Rio de Janeiro recebeu o renomado Web Summit, que reúne profissionais de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo todo. Participei da edição anterior do evento, há alguns meses, em Lisboa, e da versão brasileira, e um comportamento generalizado me inquietou nessa última.
É que, apesar do burburinho e das expectativas geradas pela realização do fórum no Brasil, muitos colegas de profissão se mostraram desapontados com o conteúdo e as discussões apresentadas. Por isso, proponho neste artigo uma reflexão sobre a percepção do evento e a importância de aproveitá-lo ao máximo.
O Web Summit é um encontro de grande porte, com a presença de especialistas, palestrantes e empresas de diversos setores, mas na contramão desse contexto diferenciado de networking era comum ouvir nos corredores e entre uma palestra e outra frases como “já sei tudo que está sendo dito aqui” ou “não vi nada de novo”. A questão que surge é: será que as pessoas realmente souberam usufruir do evento, das possibilidades de trocas e dos insights propostos pelos palestrantes?
A Inteligência artificial (IA) foi um dos principais temas abordados e, apesar de muitos participantes afirmarem que já possuíam conhecimento profundo sobre o assunto, é importante lembrar que essa é uma área em constante evolução, com cientistas que estão debruçados em pesquisas por anos, por vezes em lados opostos da mesa, cheios de incertezas. As questões vão desde se vai existir uma superinteligência similar à humana, até se tudo isso é uma onda passageira. Dessa maneira, se quem está no front das novas tecnologias tem seus impasses, como é possível alguém deduzir que não há mais nada a explorar sobre o assunto?
A verdade – nada nova – é que, seja IA seja humano, ninguém sabe tudo, especialmente em um campo em constante desenvolvimento.
É fato que um evento desse patamar não tem como aprofundar todos os assuntos discutidos, porém, é possível identificar nuances e novas perspectivas em cada discussão. Para quem já está envolvido na área, como engenheiros de dados e cientistas, a profundidade das discussões pode parecer insuficiente, mas, ainda assim, é possível extrair informações valiosas.
A nova realidade imposta pela adoção de modelos de inteligência artificial nos mostra que é necessário deixar de lado a ideia de que “não vi nada de novo” e estar disposto a explorar novas possibilidades e perspectivas. A IA, assim como outras áreas de tecnologia, está em constante evolução, e é fundamental manter-se atualizado e aberto a aprender com os outros. Afinal, a troca de conhecimentos e experiências é o maior benefício que eventos como o Web Summit e o dia a dia da nossa atuação profissional podem proporcionar.
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