Pyr Marcondes
9 de janeiro de 2019 - 8h01
A tendência vem se manifestando há cerca de dois anos com maior clareza. O Advertising Age fez até edição especial sobre o tema ano passado, evento e tals. Registrando que, nos EUA, algumas marcas, não todas, evidentemente – na verdade, nem as maiores ainda – estão começando a estudar e migrar para um modelo de varejo direto, em que o varejo tradicional é desintermediado e a compra é feita pelo consumidor direto do fabricante.
Marcas que vendem direto para o consumidor não são, nem de longe, novidade. Muitas fazem isso há décadas. Não tem nada de novo no modelo em si, portanto. Mas é que, como em tudo na vida hoje, o digital agora favorece o sucesso de um modelo como esse mais do que no passado.
Ora, se o anunciante tem os dados de consumidores dentro de casa (e passa a ter cada vez mais); se tem acesso direto a plataformas de comunicação e ao seu público, por meios digitais; se tem agências que possam dar apoio nesse tipo de ação (e aqui reside a oportunidade para as agências) … diga-me lá… por que não, afinal?
Obviamente, essa não é uma tendência para todo tipo de produto de consumo, sendo mais característico e propício para marcas de nicho. Produtos de alto valor agregado. Marcas diferenciadas. Serviços.
Difícil imaginar, por exemplo, uma marca de produtos de consumo de massa como a Nestlé, por exemplo, migrando para um modelo assim.
Ooops! Já migrou. Quer dizer, tem hoje uma operação direct to consumer para vender sua água Bonafont, em projeto da Pontomobi. Publiquei post sobre isso aqui no ProXXIma.
Trata-se de uma plataforma integralmente digital e diretamente ao consumo.
Bom, se você é dirigente de marketing, tem aí algo a pensar. Agora, se você é de agência, porque não desenvolver modelos de negócios matadores e oferecer, antes que seus clientes peçam, soluções de varejo direct to consumer administrado por sua agência? Hein, hein?
Leia como essa tendência esta se desenvolvendo nos EUA em artigo/análise do eMarketer.