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Com YouTube, Ricardo Eletro turbina vendas
Conheça de que forma a parceria entre Ricardo Eletro e Google acelerou vendas offline da rede varejista
Conheça de que forma a parceria entre Ricardo Eletro e Google acelerou vendas offline da rede varejista
31 de março de 2014 - 11h00
POR FERNANDA BOTTONI
No final de 2013, a rede varejista Ricardo Eletro decidiu inovar e utilizar a internet para turbinar as vendas das suas lojas físicas. "Nós lançamos a campanha ‘O Melhor Natal do Mundo’ no início de novembro, com filme se 30 segundos para a TV", conta Allan Barros, diretor comercial e marketing da empresa. "Fomos até Nova York fazer a gravação e achamos que era um material muito rico para ficar restrito aos 30 segundos da TV", lembra. "Decidimos colocar uma espécie de making of de dois minutos no Youtube." A versão online mostrava Ricardo Nunes, empresário e dono da rede varejista, checando e comentando os preços de eletrônicos e eletrodomésticos em lojas americanas e dizendo que levaria os produtos com aqueles preços para vender no Brasil.
Em poucos dias de veiculação e utilizando o formato de publicidade "Masthead", em que o filme fica em destaque no topo da página inicial do Youtube e também na versão mobile do seu aplicativo, o filme alcançou mais um milhão de visualizações.
"Temos uma estratégia digital para promover vendas da pontocom desde que ela foi lançada, mas essa foi a primeira vez que usamos Google para ativar vendas nas lojas físicas", diz Barros. A ação online utilizou segmentação regional, com atividade intensa nas principais cidades de Minas Gerais e Rio de Janeiro em que a rede atua. "Vendemos tvs de 20 polegadas por 999 reais, tablets por 129 reais e por aí vai", lembra Barros.
Além da versão institucional, a rede também veiculou filmes com ofertas exclusivas no canal online. "Com isso, conseguimos mensurar o retorno da ação mesmo no ambiente offline, porque quando um cliente chegava perguntando por aquela determinada oferta sabíamos que ele só poderia ter visto no Youtube", diz ele.
Com cerca de 300 mil reais de investimento na mídia online, sem somar os custos de produção, que já estavam diluídos no investimento offline, a varejista bateu sua cota diária de vendas. "A ação foi lançada no Youtube na sexta-feira, no domingo veiculamos as ofertas e na segunda-feira batermos 125% da cota", diz Barros. "É um resultado extraordinário para uma operação consolidada, que em dias normais fica entre 95% e 102%." Claro que em dias de Black Friday, ele compara, a rede chega a fazer 600% da cota, mas, nesse caso, o investimento em mídia também é muito superior.
Consumidor multi-telas
Para Rodrigo Rodrigues, gerente de indústria do Google Brasil, a estratégia multi-telas é acertada porque o consumidor também tem esse comportamento. "Uma pesquisa encomendada pelo Google à Ipsos em 2013 apontou que mais de 30 milhões de brasileiros usam ao menos três dispositivos por dia, quase o dobro comparado à França ou Reino Unido", diz ele.
Na prática, isso significa que um processo de compra pode mesmo começar no computador, passar pelo tablet e terminar em uma loja física. "A complementariedade dos meios em uma estratégia de marketing se torna fundamental", diz ele. "Concentrar os esforços em um só canal não é mais suficiente porque, cada vez mais, a atenção do consumidor está dispersa entre os diferentes dispositivos – TV, tablet, computador, smartphone."
Além disso, claro, em estratégias focadas em preço, como a do Ricardo Eletro, nunca podemos esquecer que a internet é a mais podera das ferramentas para buscas e comparações. "Sabemos que um em cada dois consumidores busca informações online sobre um produto ou serviço antes de realizar uma compra", diz Rodrigues. "Por isso, a procura por produtos em mecanismos de busca online é considerada uma etapa importante no funil de compras, por representar o momento em que o consumidor está mais propenso a decidir", afirma. Ou seja, para um varejista, não estar presente nessa etapa é como fechar as portas da sua loja para um potencial comprador. "Como se não bastasse, na maioria das vezes, haverá uma ‘loja aberta’ ao lado, um concorrente anunciando no exato momento em que o internauta quer obter mais informações ou realizar uma compra etc." E aí… Já viu, né?!
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