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Desvendando o Cérebro

O evento DP6 & Google 360 Marketing Morning — The Growth Toolbox trouxe Tim Ash, um dos grandes nomes da neurociência global, para falar sobre como nosso cérebro opera nas ações do cotidiano.


17 de dezembro de 2019 - 7h35

 

O evento contou com a presença de executivos de marketing e canais digitais dos principais setores da economia, como educação, varejo, turismo, economia digital, telecom, e automobilística.

Tim Ash começou sua palestra inspirada em seu livro “Unleashing the Primal Brain”, mostrando como o desenvolvimento do cérebro primitivo pode nos ajudar a entender a forma como consumidores tomam decisões; passando pelas conversas de nossos breaks que permitiram maior contato entre os participantes e o desenvolvimento de um rico network; e concluindo com um fórum de perguntas e respostas ao fim do evento, que
esclareceu possíveis dúvidas e abordou problemas de negócios mais pontuais; toda a programação se mostrou bastante enriquecedora do ponto de vista da qualidade e do conteúdo.

Baseada em seu livro, a apresentação de Ash nos ajudou a desvendar o cérebro primitivo e mostrou de forma simples como os nossos instintos desenvolvidos há milhões de anos continuam a nos guiar. Até hoje, nosso cérebro nos ajuda a superar os desafios que encontramos nos ambientes ao nosso redor, e servem principalmente para nos auxiliar
quando nos movimentamos por novos ambientes e novos desafios. Eles evoluíram para isso. Ao explorar os instintos humanos como forma de maximizar os efeitos da propaganda e do marketing surgiu o campo de estudo conhecido como Neuromarketing .

Por causa disso é que Tim Ash vê nos instintos primitivos uma adaptação do modelo de funil de vendas, caracterizado em três momentos:

1- Awareness : reação a uma informação — é o tronco cerebral, nosso cérebro mais antigo e consolidado reagindo;

2- Feeling : sensação que o consumidor tem sobre uma informação — é o nosso sistema límbico atuando;

3- Action : a tomada de decisão — é o nosso córtex cerebral funcionando. Sede da razão,  ele cuida das decisões, o que acontece em apenas 5% do tempo.

Para percorrer com maior fluidez por esse funil, alguns incentivos podem ser usados para aumentar o awareness e o feeling das audiências, simplesmente mudando a forma de se apresentar um conteúdo ou informação. O propósito é facilitar as decisões e se aproveitar do caráter “preguiçoso” do cérebro. Nos negócios, por exemplo, em vez de estabelecer objetivos e desenhar uma lista de to-do’s , Tim recomenda que é melhor deixar claro os custos a se pagar quando não se age sobre os problemas ou quando se protela para fazer os resultados acontecerem. Esse é um exemplo de que organizar informações de forma diferente pode ser útil para incentivar nosso cérebro primitivo a agir.

Nesse caso, mostrar que sair de um estado de preguiça é positivo porque os riscos de manter o status-quo são maiores do que o risco de promover mudanças. A ideia central é sempre utilizar os instintos que trouxeram o homem à modernidade como propulsores de melhores decisões.

Em geral, Tim nos orienta a entender que estratégias de Marketing não devem estar fundamentadas na tecnologia, como se a tecnologia fosse a origem do sucesso para um negócio. Nos séculos passados se usava mídia impressa como folhetos, jornais e revistas para promoção e propaganda de produtos e serviços. Hoje está ocorrendo uma migração para a propaganda por meio do uso das mídias digitais. Assim, as maneiras de se fazer
divulgação e apresentar conteúdo estão sempre mudando. Mas o alvo desse marketing todo não mudou, ou mudou pouco: o homem continua sendo movido pelos mesmos instintos que o movia há 100 ou 200 anos atrás. No fundo, essa é a razão pela qual Tim nos motiva a procurar nos instintos humanos a base para o funcionamento de uma tecnologia de sucesso: negócios mudam, o homem permanece.

Ele disponibilizou a apresentação feita no evento e você pode acessá-la aqui !

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