19 de janeiro de 2016 - 6h59
Para ser poderoso nos mercados hoje os profissionais de marketing precisam de dados. E, como todos os gestores de marca sabem, os dados mais poderosos são os first-party data. Esses são os dados que recolhemos sobre os consumidores que fazem interface direta com nossos sites, aplicações móveis e nossos outros canais de contato na web. First-party data é a base para entender como as empresas se relacionam diretamente com seus consumidores.
No entanto, mesmo que o dado mais poderoso tem limitações. Por exemplo, os dados de first-party não podem fornecer informações sobre os consumidores que estão em diferentes partes de sua jornada e não estão se relacionando com nossas propriedades diretamente. É aí que entram os third-party data. Provedores de dados de terceiros têm uma enorme amplitude de informações sobre os consumidores que não conhecemos diretamente, incluindo informações sobre seu comportamento e hábitos de navegação. Essa é a plataforma tradicional básica de gerenciamento de dados atualmente: dados de first-party poderosos, ampliados com dados de terceiros disponíveis para a compra no mercado aberto.
Mas, se os dados de terceiros estão disponíveis no mercado aberto, não poderiam meus concorrentes comprar exatamente as mesmas informações? Absolutamente sim. Há muito pouca diferenciação competitiva a ser adquirida a partir de provedores de dados de terceiros.
É aí que entram os second-party data, dados que as empresas podem compartilhar com outras empresas parceiras e não provedores de dados abertos de mercado
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Os recentes avanços tecnológicos no âmbito da gestão de dados permitem hoje que as empresas possam capitalizar ainda mais o poder dos dados first-party cruzando-os com as bases de outras marcas não diretamente concorrentes, mas que se relacionam com os mesmos segmentos de consumidores ou assemelhados. Isso permite que as empresas possam:
1. Financeiramente: monetizar os ativos de dados que já possuem.
2. Reciprocamente: acessar informações valiosas de um parceiro, que não acessariam de outra maneira.
Este trio de dados de primeira, segunda e terceira parte é a base da economia de dados atual e podem todos estar integrados em uma única plataforma, onde todos os dados são avaliados, transacionados, acionados e vendidos ou compartilhados dentro de um mercado.
Chave em todo esse ecossistema está a questão da segurança e do respeito ás normas de boas práticas no uso dessas informações dos consumidores. Conceitualmente e na base de tudo está a concepção de que os dados na verdade pertencem em primeira instância aos próprios consumidores, já que são sobre eles. A partir daí uma série de práticas de solicitação de utilização e negociação aberta sobre como utilizar as informações entram em jogo. Adotar uma rigorosa e cuidadosa política de segurança e privacidade de dados é a base da base de toda essa estratégia. Desrespeitar esse princípio é romper a cadeia da confiança do usuário ou consumidor e esse é o começo do fim de uma boa estratégia de dados.