ProXXIma
21 de dezembro de 2018 - 9h35
“Interactivity improving sports”. Essa é a definição do iSportistics.
Nas palavras de um dos seus sócios fundadores e CEO, Vinicius Gholmie, sua startup é “uma plataforma que captura, processa e analisa conteúdo esportivo, usando tecnologias baseadas em inteligência artificial e machine learning para simplificar o caminho entre o conteúdo bruto e a audiência, potencializando as entregas”.
Tudo anabolizado por dados e interação em tempo real.
iSportistics atua em quatro áreas: audio e vídeo-conteúdo; mídia, editorial e notícias; gameficação e gambling (fantasy, bolões, apostas, desafios de habilidades etc.); e analytics (stats, scouting, performance e coaching tools).
Como acrescenta Rafael Vieira, co-CEO e também fundador, “nós identificamos que grande parte do conteúdo esportivo que acontece não é capturado; do que é capturado pouco chega a audiência; e, ainda, o que chega na audiência é pouco, incompleto ou mesmo não atende as vontades de espectadores, fãs, atletas, clubes, ligas e marcas e produtos”.
A empresa tem como propósito, gostam de destacar seus sócios, e que consta de suas normas de operação: “iSPORTiSTiCS é baseada em gerar riqueza para dentro do esporte, criar soluções que reduzam os custos do redor dos conteúdos, ser colaborativo, fomentar a autonomia em todos os níveis dos esportes e buscar sempre ser disruptivo”.
A startup se propõe a proporcionar aos seus clientes, explicam os fundadores, autonomia para criar, testar e implementar produtos e serviços usando o próprio conteúdo gerado na plataforma. Dessa maneira, explicam, suas linhas de receita que variam de acordo com o tipo de cliente, desde assinatura mensal para uso das tecnologias, revenue-share de mídia, pay-per-use/view, entre outros.
Seus clientes-target são tipicamente B2B, como clubes, confederações, ligas e campeonatos, clubes sociais, universidades, sites de apostas, grupos de mídia e comunicação, além de anunciantes clássicos com objetivo e posicionamento aderente ao ambiente esportivo.
Além de Gholmie, que é formado em Economia pelo Insper (anterior Ibmec SP), especialização em Derivativos na CME/CBOT Group Chicago e Behavior and Adaptive Markets no MIT Sloan School, Boston, e de Rafael Vieira, que é executivo de finanças corporativas, com 15 anos de experiência em business management, business development, consulting e equity research, fazem ainda parte da sociedade, Maurício Arima, CTO do iSportistics, formado em Ciências da Computação pela USC, MBA em Gestão de Negócios e Finanças na FIA, OPEX Blue Belt, com mais de 18 anos de experiência profissional em Tecnologia da Informação e Carlos Gamboa, formado em Engenharia Aeronáutica pelo ITA, MBA em Gestão Estratégica na Wharton School, com mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro, private equity e consultoria estratégica.
iSportistics participou do Google Startup Zone, programa de pré-aceleração do Google para early stage.
Gholmie conta que a startup começou “a aplicar para alguns programas e challenges, principalmente no exterior, onde o mercado de Sport Tech tem mais maturidade”.
Ainda segundo ele, nos mercado internacionais, o desenho é: “O esporte de alto rendimento no mundo já faz uso de tecnologia há muitos anos. Temos o photochart no atletismo ou no turfe para identificarmos precisamente quem venceu, medição da distância corrida pelo jogador de futebol com um sensor wearable ou mesmo supercâmeras de altíssima definição para levar a imagem ao espectador com absoluta nitidez. Porém, tudo isso sempre veio acoplado a custos elevadíssimos e, portanto, inacessível para todos os atletas e menos ainda para praticantes não profissionais. A beleza que vemos com a evolução tecnológica constante, tanto no barateamento de equipamentos, hardware e infra-estrutura – hoje é possível capturar em altíssima qualidade usando uma câmera de $300-$500, por exemplo – quanto com o advento da inteligência artificial, machine learning e deep learning, é tornar possível amplificar seu uso e levar aplicações que exigiam investimentos milionários ao esporte em qualquer nível. O que observamos ainda é que o esporte de alto rendimento, especialmente aqueles que produzem ótimos conteúdos e um leque de entregas amplo, têm uma grande resistência em virar a chavinha para essa evolução. O que nós estamos trazendo à tona é principalmente uma luz na escuridão das crenças de que gerar, capturar, processar, analisar e distribuir conteúdo não poderia ser diferente do que é feito hoje. Iniciativas como câmeras semi-autônomas e autônomas, algoritmos que lêem imagens e convertem em informação ou a integração da publicidade com o conteúdo esportivo já estão em franco funcionamento pelo mundo, e precisam chegar a toda cadeia do conteúdo esportivo, em todas as modalidades e em todos os níveis.”
O primeiro semestre de 2018 foi trabalhado na conceituação da plataforma e nos testes com alguns potenciais clientes as nossas ideias. O Vôlei Taubaté, CBV e FPV foram os primeiros a validar os conceitos.
Vieira detalha adicionalmente que, “a partir do segundo semestre, com a intensificação da nossa atividade comercial e a dedicação fulltime de dois dos founders – Rafael e Vinicius – viu-se necessária uma primeira rodada de investimentos com a finalidade de acelerar o desenvolvimento e as entregas que já tinham demanda identificada”.
A atual rodada de investimento, além de trazer recursos e smart money, abre portas, contam os dois founders, para potenciais grandes clientes no Brasil e no exterior.
Finalizando, acrescentam que, com o montante da rodada captado, 2019 será o ano de colocar no mercado todas as tecnologias desenvolvidas e que seguem em aprimoramento.
Um pouco mais de iSportistics aqui.