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Por que a perda de alcance orgânico no Facebook é boa para publishers

Última mudança anunciada pela rede social nos coloca em um cenário onde anunciantes ficam à sombra de veículos de mídia


19 de novembro de 2014 - 5h38

POR JIM ANDERSON, CEO do Socialflow
Para o Advertising Age

A notícia de que o Facebook continuará a reduzir o alcance orgânico das marcas provocou um previsível baque no mercado. Parece validar o que muitos anunciantes já vêm dizendo: o alcance orgânico está quase morto, e o Facebook dará o golpe final. Nate Elliott, da Forrester, reforçou esse ponto de vista em um post recente. Profissionais estão resignados: “Acho que anunciantes simplesmente aceitaram que o Facebook é um espaço onde se paga para jogar”, afirmou um executivo ao Ad Age.

Mas será que a situação está tão ruim para anunciantes no Facebook?

Primeiramente, devemos esclarecer que essa última mudança na rede social é menor, e com o objetivo de focar em mensagens comerciais consideradas “excessivamente promocionais”.

Consumidores geralmente não gostam dessas mensagens promocionais e a empresa deixou claro que preservar e proteger a experiência do usuário é prioridade.

Mas não devemos esquecer de que o investimento publicitário dos anunciantes ainda impulsiona o ecossistema inteiro.

Empresas que souberem investir de forma eficiente para atrair consumidores serão recompensadas. O Facebook será beneficiado pelo investimento das marcas, mas há uma oportunidade emergente para empresas de mídia também. E isso certamente será um alívio para profissionais de mídia que defenderam a qualidade de seu conteúdo, mesmo no novo mundo da social media.

Também devemos notar que, previsões à parte, nem tudo está perdido para anunciantes quando se fala em posts orgânicos.

Continuar a publicar seu conteúdo pode resultar em cliques significativos dos leitores, e isso pode informar seu investimento pago – permitindo que você tenha alcance extra e opções livres para testar. Depoimentos, marketing de causa e outras formas de storytelling guiado pela emoção também continuarão a ser bem-sucedidos.

Mas é claro que essa última alteração deve ser colocada sob o contexto do declínio do alcance orgânico que vem ocorrendo há pouco mais de um ano. E isso levanta uma questão: se o alcance orgânico caiu tanto, para onde o alcance foi?

A resposta é bastante clara: o alcance orgânico foi, em grande parte, para empresas e publishers. No ano passado, o alcance orgânico do conteúdo que postamos aumentou 144% – as pessoas postam bastante conteúdo de veículos de mídia. Se há uma batalha pela atenção do consumidor no news feed, a mídia, as celebridades e o entretenimento ganharam.

Não deveria ser uma surpresa que um anunciante ou agência sejam eclipsados pela quantidade e qualidade do conteúdo de social media criado pelas empresas de mídia. Muitas dessas organizações publicam 30 vezes ou mais no Facebook diariamente, e se você define “qualidade” como “interessante para o usuário”, é inegável que um post de um publisher seja mais visualizado do que uma mensagem comercial.

Todas essas mudanças nos levam de volta para um mundo que soará bastante familiar para veteranos da indústria publicitária: empresas de mídia produzindo conteúdo engajador e de qualidade, enquanto anunciantes pagam para oferecer mensagens comerciais relevantes adjacentes a esse conteúdo editorial.

À medida que 2015 se aproxima, a social media tornou-se um verdadeiro meio de transmissão, construído pelas redes sociais, programado pelas empresas de mídia e impulsionada pelo investimento de anunciantes. Promete ser um ano bem interessante. 

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