15 de junho de 2023 - 6h00

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No ecossistema de inovação se costuma dizer que todas as empresas se tornarão fintechs*, afinal, os serviços financeiros, que surgem como oportunidade para redução do custo de aquisição de clientes e aumento da margem consolidada de serviços e produtos, ficam cada vez mais democráticos. Isso ocorre porque a infraestrutura tecnológica usada para disponibilizar esses serviços tem se tornado cada vez mais simples, acessível e barata para todos. Era de se esperar que os bancos e outras instituições financeiras mais tradicionais fossem os líderes naturais no processo de inovação, mas, foram as empresas, cuja atividade principal não estava relacionada aos serviços financeiros que decidiram se tornar fintechs e buscar oportunidades de melhorar seus fluxos financeiros e margens, além de oferecer experiências mais eficientes aos clientes, tornando-se mais ágeis e impulsionando seu crescimento.

Por isso, em um futuro não muito distante, quase todas as empresas obterão uma parte significativa de sua receita por meio da prestação de serviços financeiros, o que deve alterar, ainda mais, o sistema bancário como o conhecemos. Todas as empresas, mesmo aquelas que não têm relação direta com serviços financeiros, terão a oportunidade de se beneficiar.

Com o advento da IA, em pouco tempo, todas as empresas também irão se beneficiar dessa tecnologia para aumentar sua produtividade e seus resultados. Afinal, a IA já está se tornando uma parte fundamental de várias áreas de negócios, desde atendimento ao cliente até análise de dados, otimização de processos e até criação de novos produtos e serviços. Com o avanço contínuo da tecnologia, é inevitável que todas as empresas incorporem algum nível de IA em suas operações para se manterem competitivas.

Da mesma forma que aconteceu com a democratização de ferramentas financeiras, o acesso simplificado e de baixo custo a bases de dados de IA, naturalmente, irá fomentar a criação de produtos tanto white label, quanto proprietários, que irão transformar a automação, o machine learning e a análise de dados em tempo real. Esta é uma oportunidade das empresas impulsionarem a eficiência e a produtividade, além de adquirir insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.

Além disso, estamos vivendo um momento onde consideráveis investimentos na área de IA, especialmente por fundos de venture capital e por parte das maiores empresas de tecnologia globais. Atualmente já são 13 unicórnios cuja principal atividade está diretamente relacionada à IA generativa em diferentes verticais. As apostas aqui são altas.

Apesar das muitas questões éticas e regulatórias, as empresas irão investir no desenvolvimento de estratégias de IA para buscar um aumento de produtividade, mesmo que por meio de ferramentas simples como copilotos e robôs de gestão. A evolução da IA vai mudar a forma como as empresas administram recursos, gerem pessoas e potencializam estratégias, elas serão forçadas a se adaptar para manterem-se relevantes e competitivas em um mundo em constante mudança. Não precisa nem ser futurista para enxergar.

É hora de construir!