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Quem paga para ler?


24 de maio de 2011 - 9h20

Desde que a integração dos ambientes off-line e online começaram a tomar o dia-a-dia das redações, o modelo de negócios atrelado à cobrança ou à gratuidade do conteúdo dos veículos também é debatido. A internet comercial enfrentou a mesma dicotomia. Ora se libera o conteúdo, ora se fecham os sites noticiosos, parcial ou completamente. O sucesso de blogs agregadores como o Huffington Post e, mais recentemente, Flipboard e Zite, para iPad, ampliam ainda mais essa questão, já que reúnem e fornecem conteúdo de forma gratuita.

O Meio & Mensagem dirigiu o seguinte questionamento a quatro jornais do País: “A cobrança de conteúdo dos jornais nas plataformas digitais (internet e tablets) funciona para o Brasil?”.

“Por um lado, a relação com o jornal impresso não é apenas a leitura, é também sinestésica”, afirma Caio Braga, superintendente de circulação dos Diários Associados, que tem o diário O Estado de Minas, com versão para o iPad. Ele continua: “Para muitos, significa um hábito que compõe o ritual de uma jornada diária. Sem contar a possibilidade de leitura compartilhada. O mesmo jornal, lido, ao mesmo tempo, por mais de uma pessoa”. De acordo com ele, o jornal via tablete tem como principal diferencial a sua portabilidade sem fronteiras, porque agregam muito valor. “E estamos buscando constantemente melhorias e adaptações para atender ao nosso público”.

O debate está longe de atingir um consenso. Afinal, um dos mais influentes diários dos Estados Unidos, o The New York Times, fechou parcialmente o conteúdo no site e registrou queda de tráfego de quase 25% em page views. The Daily, primeiro jornal mundial exclusivo para iPad, de conteúdo pago, teve um prejuízo de US$ 10 milhões.

A seguir, os representantes de jornais brasileiros comentam o modelo:
 

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