Yuga Labs: líder da Web3 com pé na Web2
Nicole Muniz, CEO da empresa dona das coleções de NFTs Bored Ape Yatch Club e CryptoPunks, explica como a Yuga Labs está diversificando seu modelo de negócio
Nicole Muniz, CEO da empresa dona das coleções de NFTs Bored Ape Yatch Club e CryptoPunks, explica como a Yuga Labs está diversificando seu modelo de negócio
Thaís Monteiro
4 de novembro de 2022 - 5h07
Neymar, Madonna e Drake são todos nomes de artistas, mas há outra característica que os liga. Todos são donos de um NFT (sigla para tokens não fungíveis) da coleção Bored Ape Yatch Club, da Yuga Labs. Ao adquirir o token dos macacos, o dono tem direito a acesso a festas e outros benefícios exclusivos para essa comunidade, inclusive criar novas empresas a partir da marca do NFT que adquiriu, como foi o caso de um dos donos de um ativo da coleção que criou uma rede de fast food a partir do NFT.
A Yuga Labs também está atacando novos mercados, assim como seus clientes. A empresa se prepara para lançar um metaverso proprietário denominado Otherside. Ele se constituirá em um mundo gameficado com vários terrenos diferentes e atividades para o usuário fazer. Presente no Web Summit, a CEO da Yuga Labs, Nicole Muniz, contou que o intuito é criar um local onde o usuário pode se expressar da forma que quiser na construção de seus avatares. Todos serão bem-vindos, inclusive, quem não é dono de um NFT da empresa. O ambiente ainda terá padrões abertos para que os participantes possam trazer elementos de outros metaversos para dentro do Otherside, e vice-versa.
“Nós temos coisas interessantes que estão vindo esse ano e que são coisas estúpidas. É tão idiota, mas é tão legal. A Web1 era legal e boba, mas ficamos tão sérios. Queremos trazer a diversão de novo”, descreveu.
Adentrar novos territórios também é uma forma de criar novas fontes de receita para a Yuga Labs. Afinal, conforme explicou a CEO, a empresa só ganha dinheiro pela venda e revenda dos NFTs. Não há acordo de licenciamento dos NFTs com os proprietários, que são donos da propriedade intelectual e, então, eles não rentabilizam o que os donos fazem com elas a partir então. “Estamos diversificando ao construir coisas mais tradicionais em termos de receita, como entretenimento e criação de experiências”, anunciou a executiva.
Para isso, a empresa deve enfrentar o desafio de tornar a Web3 mais acessível e os ativos escaláveis. “Como líderes, temos que pensar em como receber as próximas milhões de pessoas na Web3 e uma forma de fazer isso é diminuir a barreira para a entrada. É difícil, porque você precisa ter uma carteira e ainda há muito medo ligado a experiência. Quando você pensa na Web2, as pessoas associam com facilidade e segurança. Queremos trazer isso para a Web3”, pontuou.
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