Como chamar a atenção do público em três segundos?
Brendan Kane, autor de Hook Point: How to Stand Out in a 3-Second World, explica sua técnica para se destacar no mundo dos três segundos
Como chamar a atenção do público em três segundos?
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Carolina Huertas
4 de novembro de 2022 - 5h22
Quando o assunto é engajar o usuário em conteúdo em vídeo, muitos especialistas falam sobre como é preciso chamar a atenção do telespectador nos primeiros três segundos. No mesmo caminho, o autor Brendan Kane, autor de Hook Point: How to Stand Out in a 3-Second World, desenvolveu uma técnica para atrair e fidelizar a audiência. “É ciência, é sobre olhar para os dados”, diz. A fórmula dele se divide em três passos: capturar a atenção, reter a audiência e monetizar a atenção.
O primeiro, garante a atenção do usuário nos primeiros três segundos, para que o algoritmo entenda como um conteúdo interessante. O segundo, traz a necessitada de desenvolver uma história que segure o telespectador, sem ser clickbait. Já o terceiro, olha para a sustentabilidade da criação de conteúdo, para que o criador possa viver da comunicação digital. “Não é sobre vender tudo, mas tornar o negócio sustentável. É importante ter uma estratégia de monetização”, reforça.
O especialista orienta também que o criador estude as marcas e criadores que têm dado certo sob essa ótica, fazendo uma lista dos elementos e características do conteúdo para aprender a técnica.
Questionado de onde vem a métrica de três segundos, Kane comenta que a teoria começou a ser levantada há mais ou menos oito anos, quando o Facebook começou a cobrar dos anunciantes por um segundo de visualização. Ele conta que os publicitários começaram a argumentar que o tempo era muito curto e não comprovava intenção de assistir.
Além disso, ele explica que na análise de dados, o algoritmo diferencia o alcance da retenção a partir dos três segundos, momento em que conta como view. “Se você não alcança essa marca, é porque as pessoas estão passando direto pelo seu conteúdo”, conta.
Kane defende também que os conteúdos não devem ser nichados, mesmo que seu mercado seja. “Você precisa gerar interesse até mesmo em quem não é seu público-alvo”, afirma.
Sua teoria quebra o público em seis tipos de interesses. Segundo ele, 30% do público se conecta pela emoção, 25% pela lógica, 20% por elementos de diversão, 10% pela segurança e confiabilidade, 10% refletem as informações antes de tomar a decisão e 5% agem de forma rápida, focados na ação.
“Ao construir histórias temos que pensar em como elas vão chegar na audiência e também em atingir o maior público possível. Muitas marcas deixariam de perdem milhões de dólares se mudassem só um pouco a comunicação”, afirma.
Com o olhar para o público, o especialista também compartilha a dica que segundo ele, aprendeu trabalhando junto a Taylor Swift. Kane comenta que os criadores precisam gerar conteúdo de forma íntima e pessoal, fazendo com que a audiência se sinta valorizada e parte da vida da pessoa, como um amigo. “Muito criadores se comunicam falando ‘Oi pessoal’, mas que pessoal? A rede social não é um estádio, onde o conteúdo é visto no coletivo, mas sim 1:1, entre o celular e a pessoa”, conclui.
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