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Consumidor: menos otimista e mais atraído por lançamentos

De acordo com levantamento da Kantar Worldpanel, produtos e serviços que simplifiquem a vida são bem-vindos no atual cenário sócio-econômico


20 de setembro de 2016 - 17h34

O Kantar Worldpanel divulgou nesta terça-feira, 20, um estudo abrangente sobre o consumidor brasileiro, analisando seu comportamento nos últimos anos. Além disso, anunciou o lançamento global de um novo painel chamado New Product Development, com o qual avalia lançamentos e inovação. O NPD, como está sendo chamado, foi lançado no Brasil, China, Espanha, França e México hoje.

O estudo demonstrou que após o bom momento vivido nos anos de 2009 a 2014, a mudança de rumo da economia, como esperado, deixou a população menos otimista. Em 2011, 80% dos domicílios estavam entusiasmados com a situação econômica do País, em relação ao ano anterior. Hoje, somente 32%. Além disso, 86% dos lares tinham avaliação positiva sobre sua situação pessoal, contra 67% atualmente. O pessimismo é atribuído principalmente à queda real de 5,3% na renda (2015 sobre 2014), alta da inflação e desemprego.

A população brasileira, comparada com as de outros países passou a figurar entre as mais estressadas, dado o cenário de instabilidade política e econômica, mesclado ao caos urbano e excesso de trabalho e informação. A média global de cansaço é 46% e a brasileira, 49%. E as mulheres, com seus múltiplos papeis, têm sofrido mais: 54% contra 44% dos homens. Os dados são do Kantar Future, braço da companhia que analisa tendências.

Diante disso, a busca por simplicidade virou uma tendência e o Brasil virou líder global nesse quesito; 83% tentam ter uma vida mais simples contra uma média global de 70%. Assim, ganham espaço produtos prontos ou semi-prontos. Mais de 15 milhões de lares passaram a consumir sucos prontos, molhos prontos, pratos congelados e bolos prontos, na última década.

Outro fato em destaque no estudo é o potencial que mesmo marcas líderes de suas categorias ainda têm no Brasil: 11% da população (ou seis milhões de lares) ainda não compram o creme dental líder ou o refrigerante líder de categoria. E os lançamentos de produtos, principalmente em novos formatos, mostrou-se uma oportunidade de crescimento para as marcas.

Em 2014, somente 2,7% da cesta de consumo era de lançamentos e esse percentual foi para 5,3% ano passado. Os dados já são os primeiros do novo painel NPD, que analisa nível de inovação. A maioria dos lançamentos são elementos novos para a categoria (47,5%), seguidos de combinações de produtos, itens que já existiam na categoria e vêm sob uma nova marca (43,9%) e os que trazem alterações no produto existente, como novos tamanhos de embalagem (8,7%).

A cesta de higiene e beleza é a segunda que mais registrou lançamentos no Brasil (36%), atrás de alimentos (38%) e em relação a outros países analisados, o nosso é um dos que mais investe em inovação no segmento. No Reino Unido, por exemplo, fica na casa dos 10%.

Pela primeira vez, o Kantar Worldpanel também passou a medir o consumo fora do lar. O painel, atualmente, é composto por 2.200 pessoas de sete regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza) que, via aplicativo, enviam dados de tudo que consomem para o instituto de pesquisa. O estudo detectou que um jantar típico fora do lar para os brasileiros significa comer pizza ou sanduíches e que 64% das ocasiões de almoço são necessidade, enquanto 69% no jantar são vontade, o que faz com que esta tenha um ticket médio maior.

Também detectou oportunidades para algumas categorias: 43% das ocasiões de consumo de bebidas não alcoólicas são no momento da refeição. Nestes casos, sucos respondem por 50% contra apenas 22% de água de coco. Ainda este ano, o Kantar Worldpanel pretende lançar o Usage Food and Beverages para avaliar o consumo de alimentos dentro do lar.

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