Homenagens a Olivetto são aprendizado para as novas gerações

18 de junho de 2025 - 11h27

As homenagens ao Brasil como “Creative Country of the Year”, que celebram a tradição criativa e o protagonismo do Brasil no cenário global, ganharam uma dose maciça de emoção com a celebração do legado de Washington Olivetto.

Sou de uma geração que não viveu o ápice da carreira de Washington nos anos 1970 a até a virada do século, mas busquei muitas leituras para entender as diversas obras que começaram a impulsionar o Brasil como potência criativa global.*

A quantidade de Leões que Washington conquistou para o Brasil com a DPZ e depois como W/Brasil era impressionante numa época em que só filmes eram premiados.

Apenas a partir do início dos anos 1990 é que outras categorias começaram a concorrer a Leões, como mídia impressa, mídia até chegarmos hoje.

Uma das que mais me chamam atenção é justamente as do Outdoor Lions e fico imaginando quantas de suas criações de mídia outdoor deixaram de ser reconhecidas em Cannes por conta de apenas filmes concorrerem.

Conversando com quem conviveu mais com o Washington, uma das que me citaram foram as diversas de Valisére na seqüência do sucesso do “Meu Primeiro Sutiã” que ganharam outdoors por ruas do Brasil inteiro, sendo uma das campanhas mais premiadas em 1987.

Pena que nessa época não era possível imaginar como o outdoor, hoje chamado de Out Of Home ou Mídia Exterior, iria evoluir como mídia e como negócio, se tornando um terreno tão fértil para a criatividade.

Mas Washington já era brilhante não somente em filmes, mas em todas as mídias dando seu brilho e construindo marcas em todos os meios disponíveis em cada época.

O espaço que o festival deste ano dedicou a ele deixa cada um de nós brasileiros orgulhosos do nosso país e da nossa profissão.

Washington Olivetto seguirá sempre nos inspirando com seu legado, que também nos deixa com a obrigação de mantê-lo vivo por todos os festivais do mundo.