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Comunicação

?African idol?, da Africa, divide opiniões

Processo inusitado de seleção de estagiários revolta grande número de internautas, mas encontra simpatia de alguns


7 de novembro de 2012 - 4h29

O reality show American Idol é uma franquia com fãs no mundo todo. Nele, aspirantes a cantores submetem seu talento a um júri extremamente criterioso e, numa peneira com meses (e muitas lágrimas) de duração, o melhor dos melhores é escolhido. Pois bem.

Com mecânica semelhante, a Africa soltou nas redes sociais uma versão corporativa do reality, o “African Idol”, com a intenção de selecionar cinco estudantes de propaganda para um estágio de um mês na agência. Um evento será organizado no domingo, 11, e os cem primeiros candidatos a chegar serão avaliados por um júri de notáveis. Farão parte dele, além de profissionais da Africa, o lutador Anderson Silva, Sabrina Sato e Ceará (ambos do Pânico) e o ex-jurado de Silvio Santos, Decio Piccinini. No texto do cartaz que está sendo compartilhado nas timelines do Facebook e do Twitter, a agência afirma que “Vale tudo: cantar, dançar, sapatear, ou o que você quiser, afinal para trabalhar na Africa precisa ser gente boa”.

O que poderia ser apenas uma ação divertida e “fora da caixa” está se transformando numa discussão sobre os valores que o processo seletivo estaria valorizando. Algumas pessoas criticam o formato do processo por colocar os participantes em situações constrangedoras e outras alegam que não é com um show de calouros que se seleciona bons profissionais. “Estagio de palhaço por um mês a gente consegue no circo, né”, escreveu Julie Fernanda Hernandez na página da agência no Facebook.

Já Leonardo Porto disse que é “mto sem noção vcs contraterem 5 estagiários dessa forma.. ainda mais com esses jurados. Pra trabalhar na Africa precisa ser gente boa, mas e competência, não conta?”. Outro comentário bastante curtido por seguidores da agência foi de Bruno Parizotto Agustini: “Vai ter Caboré pra tosquice do ano?”, questionou, em menção à indicação da Africa à Agência do Ano no prêmio deste ano.
Procurada, a Africa informa que está acompanhando a repercussão de African Idol e “e que há muito mais comentários positivos que negativos”.

Há pouco, a agência postou um comentário para rebater as críticas: “Galera, trabalhar com comunicação é antes de tudo saber se expressar e queremos desta vez fazer um processo diferente, que privilegie a espontaneidade e a criatividade. (…) para os critérios mais técnicos da propaganda teremos o time da agência junto para avaliar”, convidando, em seguida, as pessoas à comparecerem ao evento. “Vamos lá que vai ser divertido.”

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De fato, há algumas menções de elogio à iniciativa entre tantas críticas. De acordo com Alana Auricchio, “O povo não entra no clima, que chatice rs. Seja criativo e depois faça por merecer. Adorei a ideia… diferente, irreverente… por essas e outras é uma agência TOP!”. Até a publicação desta reportagem, mais de 600 pessoas haviam compartilhado o cartaz e mais de 200 comentários haviam sido postados na página da Africa no Facebook. No Twitter, a maior parte das menções à agência critica a iniciativa. 

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