Fbiz se reposiciona para lidar com fronteiras dicotômicas
Para contornar excesso de informações e distração, agência defende publicidade guiada por atrevimento, empatia e imersão
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Isabella Lessa
7 de dezembro de 2021 - 15h06
A.E.I. — sigla para atrevimento, empatia e imersão — sintetizam o novo posicionamento da Fbiz, que teve como ponto de partida alguns cenários e comportamentos que ficaram ainda mais evidentes com a pandemia. Um deles é a desatenção, uma reação cada vez mais frequentes nas pessoas diante da profusão quase incessante de informações.
Para a publicidade, que precisa capturar a atenção de cada indivíduo, a distração se coloca como um dos principais entraves. Em média, as pessoas são submetidas a oito mil mensagens publicitárias por dia, muitas das quais as pessoas têm tentado bloquear. Soma-se a isso um contexto de tomada de consciência de mais consumidores em relação à privacidade na internet, do fim próximo dos cookies de terceiros e da iminência do metaverso.
Todo esse cenário exige, segundo Fernand Alphen, copresidente da Fbiz, um aprofundamento das marcas para conseguir se conectar com um público de maneira genuína. “A nova fronteira da publicidade é fazer uma comunicação cada vez mais imersiva. É uma espécie de contextualização do estímulo publicitário dentro do que a pessoa queira fazer”, afirma.
Em vez de percorrer o caminho das mensagens insistentes, Alphen diz que a publicidade precisa ter uma abordagem de atrevimento e de empatia. “Todos os dados do mundo não conseguem substituir nossa capacidade intuitiva de perceber o que profundamente está atingindo nosso consumidor”. E essa sutileza no digital será fundamental para, paradoxalmente, as empresas serem bem-sucedidas na publicidade imersiva.
Na prática, isso já está acontecendo em alguns trabalhos criados pela Fbiz, como a inserção de Jeep no Cidade Alta, um dos maiores servidores de GTA RP do País. No ambiente virtual, marca e agência veicularam um comercial para o Novo Compass e promoveram o Jeep Game Experience, o primeiro test-drive totalmente online realizado pela marca.
O pensamento deu origem à assinatura institucional “attention makers”. Na expressão visual da marca, o Fbiz deixa de ter o ponto entre o “F” e o “biz”, e adota um tom de amarelo mais cítrico.
“Tivemos alguns momentos de virada, como quando passamos a atender Netshoes e quando fomos comprados pelo WPP. Nem todas as respostas estão aqui. Nosso desafio é engajar todos os colaboradores e clientes com rigor científico, como diz nosso chief imagination officer, Marcelo Lacerda. Mais do que uma tagline, isso é um norte que nos orienta não somente para o trabalho que vai para a rua, mas para o treinamento das pessoas. Este é um ciclo rico e, talvez, de todos os que tivemos, o que mais traz atrevimento”, diz o copresidente Paulo Loeb.
Hoje, a sede da Fbiz na rua João Moura, em São Paulo, está vazia. A operação deve seguir em home office até o início do ano que vem. Segundo os copresidentes, o posicionamento A.E.I. servirá, antes de mais nada aos talentos que estão na agência e aos que virão. “Muitas agências se transformaram num lugar meio chato de trabalho. À medida que as coisas foram ficando automatizadas, começou a ficar menos atraente para as pessoas talentosas, originais e criativas trabalhar num lugar em que a propaganda está pré-fabricada. Então, esses talentos vão para lugares em que poderão, de fato, contribuir com suas ideias”, avalia Alphen.
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