Liberta mostra os números da exploração infantil

Bárbara Sacchitiello
27 de janeiro de 2017 - 17h09

A exploração sexual de crianças e adolescentes é um problema que ainda assombra a sociedade brasileira. Para tentar propor uma conscientização profunda acerca do tema e, ao mesmo tempo, buscar soluções práticas para saná-lo, foi criado o Instituto Liberta que, agora, lança sua primeira campanha institucional, em parceria com a Fundação Abrinq e com a Childhood Brasil.

Idealizada pelo empresário e filatropo Elie Horn, fundador da construtora Cyrella, a organização não governamental foi estruturada no ano passado e terá, como presidente, a professora e doutora em direito, Luciana Temer (filha do presidente Michel Temer). A ideia de se engajar na causa partiu do próprio empresário, conhecido no mercado pelas atitudes filantrópicas. Horn doou 60% de seu patrimônio pessoal para causas sociais pelo programa The Giving Pledge, fundado por Bill Gates e Warren Buffet.

“No ano passado, Elie Horn me procurou pedindo apoio para aproximar a ONG dos grandes veículos de comunicação. Fizemos diversas reuniões para apresentar o projeto e conseguimos a adesão de vários veículos à causa e que, agora, irão colaborar para a veiculação da campanha”, explica Fabio Wajngarten, fundador do Controle da Concorrência e um dos articuladores da operação de mensuração de audiência televisiva da GfK no Brasil.

(Crédito: Divulgação)

Agora, o Instituto Liberta dá o primeiro passo na divulgação de sua causa com o lançamento de uma campanha publicitária. Criada pela Cucumber Propaganda, o comercial, denominado “Números”, apresenta diversas estatísticas alarmantes sobre a exploração sexual de crianças e jovens, como o fato de que, a cada 24 horas, cerca de 320 casos de abuso acontecem no País. Por fim, um número é apresentado com o contraponto desses dados tristes: o telefone do disque denúncia. A narração do comercial foi feita pela apresentadora Xuxa.

“Usamos uma comunicação informativa, com o objetivo de dar um choque de consciência na sociedade, mostrando os dados preocupantes no Brasil. É uma campanha de engajamento através do conhecimento”, explica Sophie Wajngarten, sócia-diretora da Cucumber Propaganda.

Para ampliar a efetividade da mensagem, a ONG contou com apoio da Nielsen Consumer Neuroscience Brasil que, de forma pró-bono, testou e otimizou a mensagem para ressaltar o tom de engajamento e despertar, de fato, o incômodo das pessoas em relação ao tema. A campanha começa a ser exibida a partir dessa semana, em diversos veículos de comunicação. Assista ao comercial: