Relações entre clientes e agências estão mais empáticas
Pesquisas realizadas pela Scopen e pela Abap dão panoramas do impacto da crise nas verbas de mídia e nas relações entre agências e anunciantes
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Alexandre Zaghi Lemos
5 de agosto de 2020 - 6h00
Para 27% dos profissionais ouvidos pela Scopen, a relação entre anunciantes e agências ficou mais empática, próxima e flexível (Crédito: Divulgação)
Avaliar os estragos causados nas verbas de marketing e mídia e averiguar as perspectivas de retomada nos investimentos dos anunciantes. Esses são os principais objetivos de dois estudos realizados recentemente no Brasil e em outros países da América Latina e divulgados nos últimos dias. Um deles pela consultoria Scopen, com apoio de entidades regionais de agências, como a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). E o outro feito em conjunto pelas associações nacionais de anunciantes da região, entre as quais a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).
A Scopen ouviu 51 profissionais responsáveis pelo marketing ou pela compra de mídia atuantes em empresas sediadas no Brasil entre 10 de junho e 6 de julho. Para 86%, a Covid-19 mudou as relações entre marcas e agências, sendo que, deste universo, 27% consideram que uma das principais alterações foi que o trato entre as partes ficou mais empático, próximo e flexível. Para 22%, processos foram agilizados e o tempo de respostas, reduzido. E houve maior exigência por criatividade, para 18%. Em média, as empresas representadas pelos respondentes diminuíram seus orçamentos de publicidade em 40%, sendo que a variação média dos cortes nos meios de comunicação foi maior no cinema (-83%), na mídia exterior (-77%) e nas revistas (-64%). No rádio, a diminuição média das verbas foi de 54% e na televisão, de 51%. Na divisão do bolo dos entrevistados, os jornais foram afetados com a perda média de 35% e a internet foi o meio que menos sofreu, com cortes de 15%. Entre as providências tomadas pelos anunciantes que impactaram as relações com as agências estão mudanças nos modelos de trabalho, que se tornaram mais flexíveis (para 43% dos entrevistados), reduções pontuais nos fees (26%), alterações nas estruturas dos departamentos internos de marketing (22%) e congelamento dos pagamentos feitos às agências (8%).
A íntegra desta reportagem está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim do mês pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde é possível consultar ainda todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.
*Crédito da imagem no topo: Divulgação
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