Pré-fusão, Publicis e Omnicom crescem 2,6%

Felipe Turlao
13 de fevereiro de 2014 - 11h53

Idênticos e divergentes, os grupos Publicis e Omnicom divulgaram seus resultados financeiros e expectativas sobre a aprovação da fusão entre as duas holdings.

Eles foram divergentes nas previsões sobre a unificação das operações: para o Publicis, ela ocorre até o final do primeiro semestre de 2014. Para o Omnicom, apenas no terceiro trimestre. A demora em se obter liberação das entidades antitruste da China devem atrasar em mais algum tempo a concretização do acordo.

No entanto, os dois foram idênticos no que parecia mais difícil, já que obtiveram exatamente o mesmo crescimento global de receitas em 2013: 2,6%, cada. O Omnicom informou que obteve uma alta de 9% na América Latina, bem acima dos 3,7% dos Estados Unidos, 1,4% na Europa e 6% na Ásia. No quarto trimestre do ano, o grupo obteve uma alta de nada menos que 18% na região.

Com a alta somada de 2,6%, o Omnicom atingiu uma receita de US$ 14,6 bilhões em 2013. O lucro líquido da empresa teve queda de 0,7%, para US$ 991 milhões – o resultado foi puxado para baixo, em parte, por conta de despesas relativas à fusão com o Publicis.

A empresa adicionou US$ 1,5 bilhão em novos negócios, como Disney. Por outro lado, o Omnicom perdeu Chevrolet, já que a Goodby, Silverstein & Partners deixou de atender a conta na joint-venture Commonwealth, agora, totalmente nas mãos da McCann (do grupo Interpublic).

Já o Publicis atingiu crescimento global de 2,6%, atingindo US$ 9,5 bilhões, com alta de 16,5% no lucro líquido. Os negócios na esfera digital atingiram 40,4% do total das receitas. “A única nuvem em nosso horizonte foi o crescimento do quarto trimestre, impactado negativamente por campanhas canceladas ou adiadas, especialmente em mercados emergentes”, afirmou em comunicado o CEO Maurice Lévy. O mercado do Bric, somado a outros como México, Cingapura e África do Sul, teve queda de 5,9% no trimestre.