Comunicação
Os 10 filmes mais polêmicos do Super Bowl
Advertising Age lista as campanhas que geraram críticas e comentários negativos do público durante sua exibição no evento esportivo mais assistido dos Estados Unidos
Advertising Age lista as campanhas que geraram críticas e comentários negativos do público durante sua exibição no evento esportivo mais assistido dos Estados Unidos
Meio & Mensagem
2 de fevereiro de 2016 - 3h04
Em sua 50ª edição, o Super Bowl já gerou uma galeria de cases para a indústria publicitária. Enquanto muitos deles são destacados pela criatividade e genialidade da mensagem, outros acabaram ficando marcados na história pelo motivo contrário. O Advertising Age listou os dez filmes mais controversos já exibidos durante o Super Bowl, que chamaram a atenção pela mensagem inadequada, pela falta de beleza ou pelo tom polêmico. Assista:
1- Groupon (2001)
O Groupon estava começando a fazer muito sucesso na internet quando decidiu fazer sua primeira campanha no Super Bowl. O resultado, no entanto, não foi bom. Na época, o Ad Age descreveu que o filme tentou misturar paisagens do Tibet a uma discussão sobre curry e roteiros turísticos e que, ao final do evento, boa parte dos 111 milhões de espectadores certamente ficaram sem entender a piada.
A polêmica não acabou no Super Bowl. O então CEO do Groupon, Andrew Mason, pediu a remoção da campanha da TV dias depois do evento e, em entrevista, assumiu a responsabilidade pela peça errada. Posteriormente, ele culpou a CP+B, agência do Groupon na época, declarando que confiou demasiadamente nos criativos e que o resultado disso não foi satisfatório.
2- Focus On The Family (2010)
A Associação cristã dos Estados Unidos escolheu o quaterback Tim Tebow – famoso por defender os valores cristãos fora do campo – em uma mensagem anti-aborto. A campanha desagradou muita gente que não compartilhava os valores da associação e até mesmo a CBS, rede que exibiu o Super Bowl naquele ano, foi criticada por ter aceitado a campanha.
3- Levitra (2004)
Produtos para disfunção erétil não são considerados muito adequados para aparecerem no primetime. Mas a Levitra, medicamento do Quantum Group, quis tentar mudar essa percepção com um comercial, exibido no Super Bowl de 2004. A campanha pretendia aproveitar a grande audiência masculina da NFL e também alterar as regras para permitir a publicidade de produtos farmacêuticos. A Levitra tornou-se patrocinadora da NFL até 2006, quando a liga decidiu romper o acordo e recusar o investimento da farmacêutica.
4- General Motors (2007)
O anúncio da General Motors no Super Bowl de 2007, criado pela Deutsch LA, mostrou uma triste história. Um robozinho da montadora ficou tão triste por ter colocado o parafuso errado em uma das peças que decidiu se suicidar, jogando-se de uma ponte. A ideia da GM era mostrar a obsessão pela qualidade na produção. Mas a sociedade norte-americana de prevenção ao suicídio não gostou nem um pouco da ideia e a cena acabou, posteriormente, sendo retirada do ar.
5- White House Anti-Drug Office (2002)
O escritório de combate às drogas do governo investiu R$ 3 milhões de dólares para mostrar, em 2002, que a compra e o uso de drogas eram fatores responsáveis por financiar o terrorismo. O tom da campanha, que foi ao ar quatro meses depois dos ataques de 11 de setembro, causou desconforto nos espectadores, no Congresso e também para a Ogilvy & Mather, criadora da campanha.
6- Go Daddy (2015)
A empresa de domínio de internet Go Daddy nem conseguiu levar ao ar a campanha que preparou para o Super Bowl em 2015. O objetivo era fazer uma paródia dos comerciais da Budweiser e seus simpáticos cãezinhos, mas a marca mostrou um teaser no qual uma página da internet era usada para vender os filhotes. As entidades protetoras de animais imediatamente reagiram.
7- Snickers (2007)
Dois mecânicos dividem uma barra de chocolate Snickers enquanto seus lábios se encostam acidentalmente. Para dar provas de masculinidade após o ato, eles se enfurecem e começam a arrancar os cabelos do peito. Esse comercial da marca de chocolates foi alvo de repudio por parte de entidades de proteção aos direitos homossexuais, que acusaram a peça de estimular a homofobia.
8- Nationwide (2015)
A peça até que começava em um tom tranquilo, mostrando um jovem comentando o fato de ele nunca ter tido a experiência de aprender a andar de bicicleta. Até que o comercial avança e é revelado que, na verdade, ele não teve tal experiência por ter morrido em um acidente que poderia ter sido evitado. Se o objetivo era chocar, a Nationwide conseguiu. As redes sociais criticaram muito o tom da marca, que resolveu ficar de fora desta edição do Super Bowl.
9- Holiday Inn
Para tentar mostrar que estava tentando melhorar sua imagem, a rede de hotéis Holiday Inn usou a beleza da transexual Bob Johnson. O filme ia revelando os valores das peças e das cirurgias plásticas feitas pela moça até mostrar que seu nome verdadeiro era Bob Johnson. A narração dizia que “se com alguns milhares de dólares já era possível melhorar tanto, imaginem com US$ 1 bilhão” – quantia que a rede estava investindo para melhorar sua estrutura. O trocadilho pegou mal.
10- Just for Feet (1999)
Provavelmente, um dos maiores erros exibidos no Super Bowl em todos os tempos. O racismo evidente da peça publicitária gerou comentários em toda a mídia e acabou com a reputação da empresa que, no ano seguinte, foi à falência.
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