Criativos de Miami falam sobre a maratona pré-Super Bowl

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Criativos de Miami falam sobre a maratona pré-Super Bowl

Desenvolver campanhas para o evento segue sendo um ativo importante para agências dos Estados Unidos, o que torna o segundo semestre bem agitado


2 de fevereiro de 2020 - 11h00

Por Luiz Gustavo Pacete, de Miami*

 

Com o Super Bowl 54, Miami passa a ser a cidade com o maior número de finais

O fato de o Super Bowl, um dos maiores eventos esportivos e publicitários do mundo ocorrer em Miami torna a conexão com a publicidade ainda maior, já que a cidade é referência em potencial criativo. Anualmente, Miami exporta dezenas de cases com potencial criativo em Cannes. Mas, independentemente de a final da NFL ocorrer ou não por aqui, os meses que antecedem o big game são verdadeiras maratonas para as agências locais já que aumenta a demanda de briefing´s e concorrências relacionadas ao jogo.

Pancho Cassis, CCP da David em Miami, agência que criou para Budweiser e Turkish Airlines nesta edição do Super Bowl explica que, em ambos os casos, o processo de criação foi intenso. “Lidamos com pitch´s, tanto em Budweiser quanto em Turkish e disputamos com grandes agências do mundo inteiro”. No caso de Budweiser, a campanha foi integralmente feita em Miami e é a terceira consecutiva que fazemos para a marca. No caso da Turkish, fizemos o pitch entre as quatro agências de Miami em um trabalho colaborativo”. Sobre os desafios de desenvolver campanhas para o Super Bowl, Pancho confirma a necessidade de fugir de fórmulas prontas. “Sempre pensamos na ideia final do que passa nos Estados Unidos e como retratar isso de forma impactante.” “Nas duas campanhas que mencionei até podíamos ter celebridades, mas nos dois casos elas são humanas, próximas e baseado em uma experiência real.”

“O que o Super Bowl gera de bom do ponto de vista criativo é que as pessoas comuns querem ver a publicidade, comentar, compartilhar e debate sobre ela. Isso é incrível. Agora, como evento, creio que nos últimos anos tem sido poucos anúncios que se transformaram em Leão , por exemplo. Tivemos Skittles, Bud Light e a campanha de Wind, para Budweiser. Espero que esse ano as coisas melhores e possamos chegar em Cannes com nossas campanhas”, afirma Pancho. Luis Miguel Messianu, CEO da agência AlmaDDB, ressalta o papel do Super Bowl como “uma graduação para qualquer profissional da publicidade”. “Existem dinâmicas no pré e no próprio Super Bowl. Aqui na Alma, por exemplo, já trabalhamos para McDonald´s e Bud Light. E neste ano, temos a campanha desenvolvida pra a Pepsi com o novo conceito. “Definitivamente, o Super Bowl começa muito antes e movimenta a dinâmica das agências.”

Marcelo Padoca, brasileiro que atua como diretor de criação da The Comunnity, em Miami, explica que, em 99% dos casos o briefing é: “temos que ganhar o Super Bowl”. “O problema desse briefing é cair na armadilha de coisas que deram certo no passado e tentar repetir a fórmula. O Super Bowl, como tudo na vida, mudou muito de uns tempos pra cá. Se antigamente o que contava era o impacto, hoje em dia é o número de views no Youtube. Misteriosamente muitos comercias “vazam” antes do Super Bowl e são comentados por social media influencers e em programas de TV. Essa estratégia de views diz muito sobre a qualidade do trabalho. Basicamente é assumir que ninguém vai prestar atenção no comercial durante o intervalo por isso vamos fazer todo mundo assistir antes. Os trabalhos realmente corajosos apostam todas as fichas no impacto e na surpresa que eles vão causar durante o jogo.”

No caso de produções que contemplam o público hispânico, Padoca fala sobre as diferenças. “Existem diferente categorias de hispânicos nos Estados Unidos. Existe primeira geração que é aquela que imigrou para os Estados Unidos e tem o inglês como segunda língua. Pra eles football é futebol, não é soccer. A segunda e terceira gerações de hispânicos, nasceram nos Estados Unidos e tem o espanhol como segunda língua. Eles são um misto da cultura dos pais e avôs e da cultura americana. Eles amam soccer por causa da família e football por causa dos amigos. É preciso entender as diferenças e nuances e fugir dos esteriótipos”, destaca.

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