Comunicação

WPP e Accenture teriam discutido fusão das companhias

De acordo com a Campaign, companhias iniciaram conversas sobre em maio, antes do anúncio da saída de Mark Read

i 15 de julho de 2025 - 11h28

M&As em 2024

Não está claro se conversas entre as companhias ainda estão em andamento (Crédito: Earth-Phakphum/ Shutterstock)

A Accenture e o WPP estariam discutindo uma possível fusão entre as companhias desde maio, afirma reportagem da Campaign, publicada nesta terça-feira, 15.

Segundo a publicação norte-americana, as tratativas teriam tido início em maio, antes do anúncio da saída de Mark Read do posto de CEO do WPP, mas não está claro se as conversas evoluíram.

Na semana passada, a holding nomeou Cindy Rose como sucessora de Read, que ficará na operação até que a executiva, ex-COO da Microsoft, assuma, em 1º de setembro.

Uma fusão de grandes proporções que está em curso para ser concluída ainda este ano é do Omnicom com o Interpublic (IPG). Se concretizada, dará origem ao maior grupo de comunicação global, destronando o WPP da primeira posição – lugar que ocupou por décadas.

Marcada por sucessivas fusões entre algumas das principais agências do grupo, a gestão de Read chega ao fim com desempenho aquém do esperado em termos de receita e previsões revisadas para baixo. No primeiro trimestre deste ano, a receita da companhia registrou recuo de 7,6% na receita orgânica.

Semana passada, atualizou as previsões para o segundo trimestre e para a primeira metade do ano: a receita que abrange abril, maio e junho deve apresentar até 6% de declínio, enquanto o primeiro semestre de 2025 deve registrar recuo de 4,5%.

No ranking do Age Datacenter, que considera a Accenture Song e outras consultorias como grupos de comunicação ao lado das holdings de publicidade, o WPP aparece em segundo lugar, com receita de US$ 18,8 bilhões. A Accenture Song aparece em primeiro, com receita global de US$ 19 bilhões. Os montantes são referentes a 2024.

Ao longo da última década, a Accenture Song adquiriu dezenas de agências de publicidade e de design, com o intuito de fortalecer suas capacidades criativas e de marketing.

O negócio mais notável foi a compra da Droga5, então uma das agências independentes mais premiadas pela criatividade, que posteriormente colocou David Droga, fundador da empresa de publicidade, no comando da consultoria – sedimentando, assim, a meta de se tornar uma empresa mais orientada pela criatividade.

A Song não realizou, até o momento, uma aquisição da magnitude que teria a fusão com o WPP.

Em maio, a consultoria anunciou a saída de Droga do posto de CEO. Ele assumirá, em setembro, o papel de vice-chair da empresa-mãe, a Accenture. A executiva Ndidi Oteh foi escolhida para substituí-lo.